Nesta sexta-feira (28), a Justiça do Rio realizará uma audiência para ouvir testemunhas de acusação e defesa no caso da morte de Moïse Kabagambe, um congolês de 24 anos que foi assassinado em um quiosque na Barra da Tijuca, Zona Norte do Rio, em janeiro do ano passado após uma discussão. Segundo a família, Moïse estava cobrando um pagamento atrasado.
Na primeira audiência de instrução, realizada em 7 de julho, um ano e meio após o crime, apenas três das doze testemunhas previstas foram ouvidas, pois nove delas não foram localizadas pelo Ministério Público do Rio (MPRJ).
Três agressores estão presos preventivamente desde a morte de Moïse: Fábio Pirineus da Silva, também conhecido como Belo, que confessou ter agredido o congolês com pauladas; Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, conhecido como Dezenove, que admitiu participação nas agressões, alegando que não tinham a intenção de tirar a vida de Moïse; e Brendon Alexander Luz da Silva, chamado de Tota, que aparece na câmera de segurança imobilizando Moïse durante as agressões.
O crime foi todo registrado pelas câmeras de segurança. Moïse é visto discutindo com um homem no quiosque, sendo jogado ao chão por outras duas pessoas. Em seguida, ele é espancado diversas vezes, tentando se defender, mas sem sucesso. O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) indicou que a causa da morte foi traumatismo no tórax, com contusão pulmonar causada por ação contundente.
O processo segue em andamento com as investigações para esclarecer os acontecimentos e responsabilizar os envolvidos pelo homicídio triplamente qualificado de Moïse Kabagambe.