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Ipanema é superada por Puerto Madero com os imóveis mais caros da América Latina

A região portuária revitalizada de Buenos Aires tem preço médio de venda mais alto que Ipanema, na Zona Sul do Rio. Corretores crêem num futuro de valorização para o Porto Maravilha, versão tupiniquim do projeto argentino
Imagem: Reprodução

Os sites de busca de imóveis argentinos Properati e Trovit elaboraram um ranking dos bairros mais caros da América Latina em 2022. Esse ranking foi construído após uma análise dos preços por metro quadrado de venda em 50.000 propriedades imóveis localizadas nas áreas mais exclusivas e valorizadas de 20 cidades latino-americanas. A pesquisa considerou os preços dos imóveis em dólares americanos.

De acordo com o estudo, os bairros que lideram a lista como os mais caros e valorizados de todo o continente são os seguintes: Puerto Madero, na cidade de Buenos Aires, Argentina (um bairro que surgiu a partir da revitalização de uma região portuária anteriormente abandonada); Ipanema, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil; e Vitacura, na cidade de Santiago, Chile. Puerto Madero lidera o ranking com um preço médio de USD 5.921 por metro quadrado e mantém essa posição há cinco anos consecutivos. Em seguida, temos Ipanema, na Zona Sul do Rio, com um valor médio de USD 4.028 por metro quadrado, e o bairro chileno de Vitacura, com USD 3.570. É interessante observar que a revitalizada região portuária de Buenos Aires supera a famosa praia de Ipanema, no Brasil.

A pesquisa também destaca que quinze dos vinte bairros mencionados tiveram uma redução no preço médio por metro quadrado em dólares em comparação com o ano de 2021. Essa diminuição não necessariamente reflete a situação do mercado imobiliário, mas está relacionada às flutuações cambiais. O estudo ressalta que Argentina, Colômbia e Chile são países cujas moedas locais têm sofrido desvalorizações anuais, o que resulta em porcentagens negativas de variação de preços em dólares nos bairros selecionados desses países em comparação com 2021. Por exemplo, em Puerto Madero, o preço por metro quadrado em dólares diminuiu 1%, enquanto em Las Malvinas e outros bairros avaliados houve uma queda de 10%. No entanto, durante o mesmo período, o preço por metro quadrado em pesos argentinos aumentou em todos os bairros da Argentina, devido à desvalorização do peso em relação ao dólar.

Essa dinâmica significa que, apesar dos aumentos nos preços das casas em moeda local, que chegaram a mais de 30%, esses valores não conseguiram compensar o aumento de 52% no valor do dólar no último ano. Portanto, os imóveis estão sendo cotados a preços mais baixos quando convertidos para moeda estrangeira, como o dólar.

O diretor regional da Sergio Castro Imóveis, responsável pelas filiais do Porto Maravilha e do Centro Histórico, Marcos Queiroga, destaca que essa situação pode ser vista como uma projeção do que poderá ocorrer no Centro e no Porto Maravilha, caso os projetos de revitalização continuem avançando no Rio de Janeiro. No entanto, Queiroga ressalta que a ausência do bairro Leblon na lista gera dúvidas quanto à inclusão de todos os principais bairros de luxo brasileiros na pesquisa. Ele observa que, desde o início do projeto Reviver Centro, quase 2.000 novos apartamentos foram licenciados no Centro Histórico, e muitos mais estão surgindo na região portuária do Rio. Além disso, Queiroga menciona que algumas áreas do Centro têm se tornado cada vez mais movimentadas, inclusive nos finais de semana, com locais como a Praça XV, o Largo de São Francisco da Prainha e a Rua do Senado registrando grande movimentação.