A futura linha de barcas entre os dois aeroportos do Rio chamou atenção de três grupos, que ficaram interessados na operação. A linha liga a Marina da Glória, atendendo o aeroporto Santos Santos Dumont e o Internacional Galeão, e o prazo para as manifestações termina nesta sexta-feira (21).
Três grupos de empresas foram reunidos para participar do processo: um com três empresas, outro com duas e o terceiro com uma, totalizando seis empresas. Os nomes dessas empresas serão divulgados no Diário Oficial nesta sexta-feira (21).
A primeira proposta enviada à CCPar prevê a conexão das áreas de pouso 3 (partindo da Marina da Glória) e 1 (Galeão) dos aeroportos. O tempo de travessia será de 11 minutos, e a capacidade de transporte será de 80 passageiros.
No final de junho, a prefeitura publicou o aviso público após receber a primeira proposta conjunta para a operação da linha de barcas.
Após a publicação no Diário Oficial, os grupos de empresas terão 90 dias para realizar estudos que analisem o melhor tipo de embarcação, a estrutura da estação, a demanda e os impactos ambientais. Além disso, estudos econômico-financeiros também serão conduzidos. Ainda não há uma estimativa do custo da passagem, pois os estudos é que irão determinar esse valor.
No ano passado, o Aeroporto do Galeão, localizado na Ilha do Governador, movimentou menos de 6 milhões de passageiros, apesar de ter uma capacidade anual para mais de 30 milhões. Em contraste, o Aeroporto Santos Dumont teve mais de 10 milhões de passageiros, de acordo com dados do governo federal.
Devido ao desequilíbrio entre os dois aeroportos, a partir de outubro, os voos no Aeroporto Santos Dumont serão gradualmente reduzidos, ficando disponíveis apenas para as rotas aéreas Rio x Congonhas (São Paulo) e Rio x Brasília.
Essa medida foi anunciada em junho pelo ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, após uma série de reuniões com a prefeitura e o Governo do Estado do Rio de Janeiro.
A redução de voos no Aeroporto Santos Dumont tem como objetivo combater o esvaziamento do Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão. O grande número de voos e passageiros no Santos Dumont é apontado como uma das causas desse esvaziamento.