Certamente, há uma semana, Vegetti não imaginava que teria dias tão agitados pela frente. O ídolo do Belgrano viu uma negociação-relâmpago com o Vasco ser concluída no limite da janela, desembarcou no Rio de Janeiro na quinta-feira passada e virou herói de uma torcida no domingo. O cartão de visita foi o melhor possível.
Vegetti estreou aos 18 minutos do segundo tempo e precisou de apenas 16 minutos para encerrar um jejum de quase oito jogos e mais de 700 minutos do Vasco em São Januário. Deu ao clube a primeira vitória em seu estádio no Brasileirão.
Na comemoração, Vegetti levou a mão ao rosto simulando o tapa-olho de um pirata, uma referência ao Belgrano, conhecido como “Pirata de Alberdi”. Em todas as declarações depois da partida contra o Grêmio, da saída de campo à zona mista, o atacante expressou agradecimento ao ex-clube.
– Muito feliz. Como eu disse, desde que me chegou o chamado do Vasco eu não duvidei, sabia que viria a um grande clube como o Belgrano. Estou grato, era uma oportunidade que podia aproveitar. Sabia o momento que estava passando o clube, gosto de desafios e aceitei com muita responsabilidade – disse o camisa 99.
Venerado no Belgrano, Vegetti deixou, aos 34 anos, sua zona de conforto para assumir um desafio difícil no Vasco. A missão é, com gols, evitar o rebaixamento e se tornar ídolo em São Januário. Ainda é cedo, mas o primeiro passo foi dado.