Segundo dados divulgados pela polícia argentina, a greve geral no país já reuniu até o momento mais de 130 mil pessoas nas ruas da capital Buenos Aires. A principal organizadora do movimento, a Central Geral do Trabalho (CGT), afirma que mais de 1,5 milhão de pessoas aderiram à paralisação no país.
Os manifestantes realizam durante o dia, diferentes concentrações e marchas até o Congresso, em apoio a legisladores que devem votar contra o megadecreto anunciado em dezembro por Milei. A medida visa desregular a economia, eliminando e modificando várias leis aprovadas pelo Legislativo.
Eles também repudiam o projeto de lei de mais de 500 artigos enviado pelo governo ao Congresso, que pode ser debatido pela Câmara ainda nesta semana.
Pablo Moyano, do Sindicato dos Caminhoneiros, questionou o conjunto de leis do governo e criticou outro projeto sobre imposto aos trabalhadores que recebem rendimentos elevados.
“Não deixem que pensem em cobrar novamente o imposto sobre os trabalhadores! Coloquem o imposto sobre as grandes fortunas, não sobre os trabalhadores! Aumentem as retenções”, disse Moyano.
Além disso, pediu aos legisladores “que não traiam os trabalhadores”, fazendo referência à votação do conjunto de leis enviado pela administração federal ao Congresso, também chamada de Lei Ônibus.
“Eles estão diante de uma decisão histórica de [dizer] se estão com os trabalhadores ou com as corporações que estão com esse modelo econômico que o presidente Milei está executando”, afirmou o dirigente sindical.