A falta de itens básicos e de alimento fez com que moradores de Gaza invadissem armazéns e centros de distribuição da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) afirmou a organização neste domingo (29), apontou a agência de notícias Reuters.
Um dos armazéns, localizado em Deir al-Balah, é onde a UNRWA armazena suprimentos dos comboios humanitários que chegam de Gaza vindos do Egito pela passagem de Rafah.
A interrupção do fornecimento de ajuda a Gaza acontece desde que Israel começou a bombardear o território em resposta a um ataque do grupo terrorista Hamas.
Segundo UNRWA, os suprimentos no mercado estão acabando, enquanto a ajuda humanitária que chega à Faixa de Gaza em caminhões vindos do Egito é insuficiente. Eles afirmam ainda que o atual sistema para levar comboios humanitários para Gaza estava “preparado para falhar”.
A Agência conta ainda que a sua capacidade de ajudar as pessoas em Gaza foi completamente prejudicada pelos ataques aéreos que mataram mais de 50 dos seus funcionários e restringiram a circulação de suprimentos.
Fundada em 1949, após a primeira guerra árabe-israelense, a UNRWA presta serviços públicos, incluindo escolas, cuidados de saúde primários e ajuda humanitária em Gaza, na Cisjordânia, na Jordânia, na Síria e no Líbano.
Neste sábado (28), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que iniciou uma nova fase da guerra contra o grupo extremista Hamas. Neste final de semana, o país lançou uma nova operação por terra em Gaza.
Diante do cenário, o Conselho de Segurança da ONU marcou nova reunião de emergência para segunda-feira (30). O Brasil deve participar, segundo o Itamaraty. A ideia é debater o conflito entre e Israel e Hamas, que já deixou milhares de mortos, segundo as autoridades de ambos os lados.
Os relatos do território palestino indicam que, além da operação por terra, os bombardeios foram intensificados por Israel, sobretudo no Norte.