Nesta fase ruim, uma das, senão a pior da “Era Fernando Diniz”, o Tricolor também não balançou as redes, algo preocupante dado o poderio ofensivo da equipe. No entanto, as atuações não têm sido ruins, o time apenas oscila e sofre com alguns desfalques.
Contra o Timão, o Fluminense voltou a ter os titulares em campo após poupar o time na altitude de La Paz, pela Libertadores. Nino, André, Ganso, Arias e Cano, todas as figurinhas carimbadas do torcedor tricolor estavam em campo. Mesmo sem Fernando Diniz, suspenso, à beira do campo, ficou claro que o objetivo da equipe era sair de Itaquera com os três pontos.
O primeiro tempo foi todo do Fluminense: “Domínio total”, como explicitado por Eduardo Barros na coletiva. A posse de bola de 66% deixa claro que o Tricolor fazia marcação pressão, recuperava a bola rápido e já buscava o jogo vertical. O lado direito, formado por Samuel Xavier e Jhon Árias, dava muito trabalho à defesa do Corinthians, e Cássio foi obrigado a trabalhar pelo menos três vezes.
O lance mais perigoso, no entanto, veio com André. Em mais uma roubada de bola no campo de ataque, a bola chegou no volante convocado por Ramon Menezes para a Seleção Brasileira e ele chutou no cantinho, com curva. Se não fossem as pontas dos dedos de Cássio, o Fluminense teria aberto o placar na Neo Química Arena. Em vez disso, as equipes foram para os vestiários em igualdade, e o segundo tempo traria mudanças drásticas.
Na etapa complementar, o Fluminense manteve a premissa de ficar com a bola e voltou a ter mais de 60%, mas a objetividade do ataque desapareceu. Aos poucos, o Tricolor foi errando mais e cedendo jogadas de transição ao Corinthians que, aos 15 minutos, encontrou seu gol com Roger Guedes. A partir daí, a equipe das Laranjeiras voltou a ter chances.
John Kennedy perdeu duas grandes oportunidades de marcar e selar o empate. Lelê, mais para o fim da partida, foi outro que teve a chance. Não era mesmo o dia do Fluminense, que acabou sofrendo o segundo, do mesmo Roger Guedes, e concedendo a vitória ao Corinthians. A queda de rendimento escancarou algumas realidades para o Tricolor.
Quando tem seu time titular completo, o Fluminense possui plena capacidade de derrotar qualquer rival no Brasil. No entanto, o desgaste da temporada está claro, o que aumenta o número de lesões na equipe. Desde a contusão de Alexsander, Diniz sofre para encontrar o melhor meio de campo. Assim como o restante da equipe, Martinelli e Lima foram do céu ao inferno na partida. Uma tarde apagada de outras estrelas, como Ganso e especialmente Germán Cano, também não ajudam.
Agora é virar a chave. Sem muito tempo para descansar, o elenco do Fluminense encara uma semana de treinos visando o jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil. Mesmo sem confiança, o Tricolor terá uma decisão pela frente diante do Flamengo, um dos seus maiores rivais, podendo ficar de fora do principal mata-mata do Brasil.
Diniz retorna na decisão e comanda as atividades do Tricolor no CT Carlos Castilho, a partir de amanhã. Fluminense e Flamengo se enfrentam na quinta-feira, às 20h (de Brasília), no Maracanã. O jogo de ida terminou em empate, ou seja, quem vencer o confronto ficará com a vaga nas quartas de final.