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Flamengo: reunião de diretoria termina em tumulto e insultos em derrota de Landin

Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo, falou em golpe político no clube
Eduardo Bandeira de Mello e Rodolfo Landim já foram aliados políticos no Flamengo
Foto: Gilvan de Souza/ Flamengo

Na noite desta quinta-feira (14/09), na Gávea, o Conselho Deliberativo do Flamengo reuniu-se para debater três propostas de mudanças estatutárias. Duas delas alcançaram um desfecho, enquanto a terceira gerou confusão e foi suspensa.

Primeiramente, a proposta do atual mandatário Rodolfo Landin de estender o mandato presidencial de três para quatro anos foi rejeitada de forma unânime. O modelo atual, com três anos de mandato e a possibilidade de reeleição, permaneceu inalterado.

A segunda proposta, que tratava da obrigatoriedade de um planejamento de orçamento trienal, passou sem enfrentar objeções. No entanto, a terceira proposta, que dizia respeito à exclusão de candidatos com cargos políticos das eleições presidenciais, causou divergências.

Algumas pessoas contrárias à emenda afirmam que o presidente do Conselho Deliberativo do Flamengo, Antônio Alcides, declarou o resultado da eleição com a maioria reprovando a proposta.

Por outro lado, os apoiadores da proposta alegam que não ficou claro se a sessão foi oficialmente encerrada. A confusão atingiu seu ápice quando Antônio Alcides sugeriu uma recontagem de votos.

Os conselheiros presentes na sessão relatam que o formato de votação foi alterado várias vezes, gerando descontentamento. Originalmente, levantar-se era a forma de aprovar uma das três propostas, enquanto permanecer sentado indicava a reprovação.

No entanto, durante as recontagens propostas, a instrução de votação parece ter sido modificada, o que causou uma série de protestos. Os opositores insultaram Antônio Alcides, chamando-o de “burro”.

O ex-presidente do clube e atual deputado federal, Eduardo Bandeira de Mello, afetado pela proposta que visava impedir que pessoas com cargos políticos concorressem à presidência, abordou a imprensa e denunciou um “golpe com truculência” antes de sair da Gávea.

“Antes dessa sessão do Conselho, vocês tinham me perguntado o que eu achava e achei que era um golpe. Mas achei que era só um golpe estatutário. Mas foi muito mais. A emenda foi lida, apreciada, votada, ganhamos de 80% a 20%. Todo mundo viu. O presidente do Conselho declarou o resultado. E aí, foi pressionado com violência, tomaram o microfone da mão dele, e se viu obrigado a anular a sessão. O que era um golpe estatutário, virou um golpe com truculência. Não tinha tanque de guerra porque não dá para entrar, mas vimos um ato de violência para tentar mudar uma decisão democrática. Se não fraudarem a decisão da ata da reunião, vai estar o presidente proclamando o resultado”, declarou o ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello.

A crise interna na direção do Flamengo acontece há dois dias de um jogo importante para o clube que é a final da Copa do Brasil diante do São Paulo no Maracanã e um dia após uma derrota vexatória para o Athlético Paranaense por 3×0.