Uma classificação que soa como uma trégua, mas que está longe de resolver os problemas do Flamengo. A vitória por 1 a 0 sobre o Grêmio na noite de quarta-feira, no Maracanã, que garantiu a segunda final de Copa do Brasil consecutiva, teve mais contornos de alívio do que de euforia para um time que ainda deixa muito a desejar ao seu torcedor.
Por mais que Jorge Sampaoli tenha buscado alternativas táticas que se aproximassem dos melhores momentos dessa geração, o que se viu diante dos gremistas esteve longe até mesmo da boa atuação na partida de Porto Alegre. Oscilante e refém de espasmos de criatividade, o Flamengo flertou com o drama, mas o gol salvador de Arrascaeta deu vinte minutos de tranquilidade para quem foi ao Maracanã.
Agora, elenco e treinador terão um mês até a final contra o São Paulo para buscar uma sinergia que precisa ir além da comemoração com abraços e tapas na careca.
Espaçado e com dificuldade na aproximação, o time muitas vezes se via sem opção de passe e com a obrigação a circular a bola tocando para trás. Matheus Cunha teve papel fundamental na saída de bola, mas, acima de tudo, para evitar que a situação se complicasse com grandes defesas.
O chute de Suarez que explodiu no goleiro, aos sete, e a finalização na trave de Ferreirinha, aos 13, indicavam um cenário de pressão que chegou ao fim com o gol de pênalti de Arrascaeta pouco depois. O 3 a 0 no agregado baqueou o Grêmio e decretou o classificado para a final.
Com mais espaço, o Flamengo, enfim, controlou o jogo com a bola, mas a parada estava resolvida. O atual campeão lutará pelo bi, mas como muito a arrumar na casa.