A derrota para o Bragantino foi mais um exemplo da realidade de derrotas do Flamengo longe do Rio de Janeiro nessa temporada. Os 4 a 0 em Bragança Paulista marcaram a 13ª partida da equipe fora do estado natal, com oito derrotas, dois empates e apenas três vitórias.
O aproveitamento é de apenas 28% quando a equipe está fora do Rio e, principalmente, longe do Maracanã. Clássicos e outras partidas como visitante no Campeonato Carioca ficaram fora da lista.
O retrospecto é ruim apesar de alguns adversários modestos que o Flamengo teve pelo caminho. A torcida se frustrou em partidas que, em outros tempos, eram consideradas vitórias certas. A começar pelos 2 a 0 para o Maringá, na estreia da Copa do Brasil.
Outros jogos também foram decepcionantes, como todas as três rodadas da fase de grupos da Libertadores, a derrota para o Aucas e os empates com Racing e Ñublense. Além do 1 a 0 para o Independiente del Valle, que ficou com a taça da Recopa deste ano.
Outra perda de título fora do Rio de Janeiro aconteceu em Brasília, contra o Palmeiras, hoje principal rival do Flamengo em nível nacional. Apesar de ter enfrentado um adversário poderoso, o time de Vítor Pereira cometeu erros aos montes na derrota por 4 a 3.
A derrota mais traumática de 2023 também aconteceu longe do Rio. Em Tânger, no Marrocos, o Flamengo perdeu por 3 a 2 para o Al Hilal e foi eliminado nas semifinais do Mundial de Clubes. O resultado rende piadas de rivais até hoje, que não esquecem do canto de “Real Madrid pode esperar”.
As vitórias como visitante foram raras, e nem essas foram comemoradas a plenos pulmões. Isso porque vieram com críticas ou tiveram pouco impacto na temporada. A primeira foi no clássico com time reserva contra o Botafogo, no 1 a 0 em Brasília em jogo da Taça Guanabara.
Nas duas seguintes, a equipe foi contestada pelas atuações e pelo momento na temporada. Contra o Al Ahly, na disputa do terceiro lugar, os rubro-negros ficaram na bronca pela ressaca pós-eliminação e também pelo sufoco diante do time egípcio. O mesmo aconteceu nos 3 a 2 sobre o Bahia, partida em que não conseguiu o domínio nem quando teve vantagem numérica de dois jogadores.