Felipe Prior foi condenado pela Justiça de São Paulo a seis anos de reclusão por crime de estupro. Segundo a decisão, o empresário e arquiteto pode cumprir a pena em regime inicial semiaberto, mas ainda poderá recorrer da decisão. A defesa do arquiteto confirmou, em nota, que “a sentença será objeto de apelação”.
O crime aconteceu em 2014, depois de uma festa na Universidade de São Paulo (USP). Segundo o relato da vítima, dado com exclusividade à “Marie Claire” em 2020, o empresário usou de força física para realizar o crime. Themis (nome fictício) contou à publicação que ela e uma amiga aceitaram a carona do empresário, mas ele começou a beijá-la e a passar a mão em seu corpo.
Prior teria dado carona à vítima e a uma amiga após uma festa universitária em agosto de 2014, depois de levar a outra colega em sua residência, o ex-BBB seguiu em direção à casa da vítima. Em uma rua próxima à casa da mulher, Prior teria começado a beijá-la, passar a mão em seu corpo e puxado a vítima para o banco traseiro. Como a vítima estava alcoolizada, não conseguiu oferecer resistência, e a relação teria ocorrido sem o conscientimento da vítima.
Como o caso segue em segredo de justiça, a única informação disponível é o resultado do julgamento da juíza Eliana Cassales Tosi Bastos.
“Ante todo o exposto e considerando o mais que dos autos consta, JULGO PROCEDENTE a presente ação penal, a fim de CONDENAR o acusado FELIPE ANTONIAZZI PRIOR, qualificado nos autos, pela prática do crime tipificado no artigo 213, caput, do Código Penal, impondo-lhe, por isso, a pena privativa de liberdade de 6 (seis) anos de reclusão, em regime inicial semiaberto. Considerando que o réu respondeu a todo o processo em liberdade, faculto-lhe o direito de recorrer em liberdade. Nos termos do artigo 4º, § 9º, alínea “a”, da Lei Estadual nº 11.608/2003, condeno o réu a pagar o equivalente a 100 (cem) UFESPs.”. Uma UFESP (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo) é de R$ 34, 26 em 2023.
O artigo citado prevê que é crime de estupro constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso.
Casos foram denunciados após a entrada de Felipe Prior ao programa global
Prior teve a primeira denúncia divulgada após sua saída do BBB. Segundo uma das advogadas das vítimas, Maíra Pinheiro, uma universitária viu a chamada da participação de Felipe Prior no Big Brother Brasil 20 e fez um post no Twitter em que afirmava que o conhecia e que ele havia sido impedido de entrar no InterFau 2019 (jogos esportivos entre faculdades de arquitetura de São Paulo) após uma denúncia de assédio. A partir desta publicação, outras mulheres se juntaram a ela.
A defesa de Prior emitou um comunicado, confira abaixo:
Ao site G1, a advogada da vítima, Maíra Pinheiro, fez a seguinte declaração.
“Em que pese a qualidade técnica da sentença, entendemos que a pena imposta não reflete a brutalidade e as consequências do crime, por isso iremos recorrer em relação a esse aspecto”, afirmou a criminalista.