Campos dos Goytacazes iniciou nesta quarta-feira (06), o Feirão Limpa Nome. Neste primeiro dia de oportunidades para renegociar as dívidas, teve uma movimentação intensa. O evento segue até sexta-feira (08) no Instituto Federal Fluminense (IFF) – Campus Centro, das 9h às 16h, reunindo diversas empresas credoras dispostas a negociar dívidas com condições especiais e facilitadas. A expectativa é que o número de atendimentos ultrapasse o registrado no ano passado.
A iniciativa é do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), com apoio da Prefeitura de Campos, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e do Procon, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e 12ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
A chefe do Centro Judiciário de Solução de Conflito e Cidadania (Cejusc) da Comarca de Campos dos Goytacazes, Lívia Salles, destacou que o Feirão é uma oportunidade de ambas as partes terem seus direitos preservados. “Eu acho de suma importância por conta de ser uma negociação amigável, um consenso. Então, é uma possibilidade de ambas as partes terem seus interesses preservados. Um cede um pouco, o outro também e eles chegam a um bom termo. E o Feirão é a melhor oportunidade do ano para isso. No ano passado foram negociados aproximadamente R$ 2 milhões em dívidas. A gente teve uma média de 700 acordos fechados e a gente tem expectativa de atingir esse patamar ou ultrapassar”, comentou.
Morador do Parque Prazeres, Sebastião Gomes foi um dos consumidores que conseguiram renegociar uma dívida que tinha há quatro anos. “É uma oportunidade muito boa. Consegui resolver uma dívida que estava atrasada há quatro anos. Foi muito bom para mim e ainda tive desconto nos juros”, comentou.
Entre as empresas participantes estão Enel, Oi, Tim, BMG, C6 Bank, Claro, Via Varejo, Itaú, Caixa Econômica Federal, Ativos SA, Bradesco, Águas do Paraíba, Peg Shoes, Acesso Total, Trier, VerTV, Sicredi e Crefaz. Cerca de 55 mil pessoas em Campos estão com o nome negativado no SPC, somando cerca de R$ 32 milhões em débitos não quitados.
Na quarta-feira (06), o economista Sandro Figueredo, perito em economia e finanças e diretor de Economia Solidária da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, fez uma palestra ao público sobre Educação Financeira.