O Flamengo já foi a campo 58 vezes na temporada 2023 e as lesões musculares seguem como o principal problema no Rubro-Negro. O zagueiro David Luiz foi ausência nas últimas três partidas e só retornou diante do Botafogo, no último sábado (02). O departamento médico do clube ainda tenta recuperar o meia Arrascaeta e o atacante Luiz Araújo.
Diante desse cenário, a Rádio Manchete conversou com o ex-preparador físico Carlos Alberto Lancetta. Com passagens pelos quatro grandes clubes do Rio e pela Seleção Brasileira, o professor de Educação Física falou sobre a mudança na metodologia de treinamento no esporte de alto rendimento e que contribui para o aumento das lesões.
“O trabalho de base na preparação física do futebol hoje está um pouco modificado daquilo que prescreve toda a literatura esportiva há anos. Com a mudança do treinamento sistêmico, você coloca intensidade no trabalho sem que haja uma reserva de volume, sem esses jogadores terem condições iniciais para isso”, afirmou Lancetta.
Questionado sobre os comentários dos jogadores do Flamengo em relação a intensidade de treinamento, desde a época do ex-técnico Paulo Sousa, Lancetta criticou a falta de conhecimento dos profissionais que trabalham atualmente no futebol.
“O que mais se vê hoje, sem dúvida, é a falta de conhecimento dessa capacidade de analisar e avaliar o que se faz antes, o que se faz no meio e o que se faz no final (da preparação). Eles invertem tudo e por conta disso, machucam muito seus jogadores”, finalizou Carlos Alberto Lancetta.