Com o objetivo de frear a entrada de imigrantes nos Estados Unidos, o governo do presidente Joe Biden, anunciou nesta quinta-feira (05) que vai ampliar o muro na fronteira com o México. Para isso, vão ser usados fundos concedidos pelo Congresso a antecessor de Biden, Donald Trump.
A decisão foi publicada no “Federal Register” (correspondente ao Diário Oficial brasileiro).
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, visitou o México para tratar com o vizinho da questão migratória e do tráfico de fentanil.
Segundo Alejandro Mayorkas, o secretário americano de Segurança Interna, a medida é necessária de forma imediata para evitar entradas de imigrantes ilegais.
Já o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, afirmou que a decisão é um retrocesso.
“Esta autorização para a construção do muro é um retrocesso, porque isso não resolve o problema. É preciso atender as causas (da imigração irregular)”, disse o presidente durante sua habitual entrevista coletiva matinal, pouco antes de receber o secretário Blinken.
Biden respondeu dizendo que não pode impedir que os recursos sejam usados para ampliar a construção do muro na fronteira com o México, porque foram destinados para esse fim durante o mandato de Trump.
“O dinheiro foi destinado para o muro fronteiriço. Tentei (convencer os republicanos do Congresso) que o realocaram, que redirecionassem esse dinheiro. Não fizeram isso”, afirmou o presidente, que garante que não é legalmente possível usar esse dinheiro para outra finalidade.
Para instalar essas “barreiras físicas e caminhos adicionais” no Texas, o governo decidiu revogar cerca de 20 leis e regulamentos federais, muitos deles ambientais.
Ao longo de décadas, diferentes governos republicanos e democratas construíram algum tipo de cerca nas zonas fronteiriças com o México para conter a entrada de migrantes, muitos deles latino-americanos, que tentam entrar nos Estados Unidos em busca de uma vida melhor.