O projeto controverso que propõe a extinção da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e a transferência das vagas para instituições privadas chegou à agenda da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
O deputado Anderson Moraes (PL) é o autor do projeto de lei e argumenta que a Uerj exerce um impacto significativo sobre o orçamento estadual, alocando consideráveis recursos financeiros dos contribuintes em uma estrutura que, segundo ele, não demonstra resultados satisfatórios.
Na justificação do projeto, o deputado, que se identifica com a ideologia bolsonarista, também aponta um suposto viés socialista na Universidade, alegando que existe uma censura evidente ao pensamento acadêmico divergente.
Ele afirma que frequentemente são observadas pichações, cartazes e faixas que atacam e intimidam outras perspectivas de pensamento, como as conservadoras e liberais, que têm uma presença significativa na sociedade fluminense. Ele argumenta que isso promove um aparelhamento ideológico-político, inclusive partidário, em favor da corrente de esquerda, ultrapassando os limites da liberdade de expressão e causando impactos psicológicos e até mesmo físicos no ambiente acadêmico.
Independentemente do desfecho na Comissão de Constituição e Justiça, é evidente que a questão gerará um acirrado confronto político entre as facções de direita e esquerda no plenário.