Os alunos da ONG “Sim! Eu sou do Meio” (SESM), de Belford Roxo (RJ), apresentarão neste sábado (15) às 18h, o espetáculo de teatro de bonecos “Meu afro, minha história”. O evento é gratuito, aberto ao público e contará com acessibilidade física e de conteúdo.
O espetáculo encerra as atividades do projeto Oficina de Teatro de Bonecos 2, realizado entre maio e julho deste ano na sede da ONG, e é uma das atrações da 1ª Festa do Milho, que começa às 16h. A festa terá comidas típicas, quadrilha, bingo beneficente, brincadeiras e música ao vivo.
“Meu afro, minha história” problematiza o racismo e aborda questões cruciais, como o pertencimento. Essa temática vai de encontro aos objetivos da ONG, que surgiu com a proposta de transformar a realidade da comunidade no entorno da extensa Rua João Fernandes Neto, que corta o Centro de Belford Roxo e foi, durante os anos 90, sinônimo de violência. A rua é mais conhecida pela comunidade como Rua do Meio. Daí o nome do Projeto – Sim! Eu Sou do Meio.
A idealizadora da ONG, Débora Silva, ressalta a importância do espetáculo: “O tema racismo dialoga com a realidade que a gente vive em Belford Roxo. Entre muitas dificuldades, o que mais dói é que nossos jovens são criticados pela cor da pele. A gente quer mostrar, com esse espetáculo de teatro de bonecos, que independentemente da cor da pele e do CEP de onde as pessoas moram, elas podem sonhar e realizar seus sonhos”.
A “Oficina de Teatro de Bonecos 2” é uma realização da Bushido Produções, em coprodução com a Companhia Articulação e apoio do projeto social “Sim! Eu sou do Meio”. O projeto conta com o patrocínio da Lubrizol Corporation, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Pronac 202750).
Os alunos foram selecionados entre os estudantes da rede pública de Educação de Belford Roxo e, entre maio e julho, acompanharam e desenvolveram habilidades manuais e cognitivas através do teatro e da construção de bonecos. A oficina promoveu ainda aulas de costura, interpretação e locução, levando os participantes a exercitar a superação individual e coletiva. “Uma iniciativa que leva arte e cultura onde ela é mais necessária. Foi bonito ver o comprometimento e animação de todos os participantes durante as aulas e a expectativa para a apresentação final”, conta Guilherme Aragão, coordenador da Bushido Produções.