Terceiro estado com o maior percentual de casos novos de tuberculose no país, atrás apenas do Amazonas e de Roraima, o Rio de Janeiro tem um grande desafio pela frente no combate à doença: em 2022, foram 17.373 casos totais de tuberculose, sendo 13.642 novos adoecimentos, com 807 óbitos. No Dia da Vacina BCG (01/07), data da criação do imunizante que combate a doença, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) enfatiza a importância de se aplicar a dose em bebês preferencialmente até 12 horas após o nascimento, ou, no máximo, até os quatro anos de idade.
“Os dados de tuberculose no Rio de Janeiro ainda se mostram muito preocupantes para a saúde pública. E tornam ainda mais urgente esclarecer que a vacina é o meio mais eficaz para combater a doença. Por isso, é tão importante vacinar os recém-nascidos com a BCG”, afirma o secretário de Estado de Saúde, Dr. Luizinho.
Obrigatória no Brasil desde 1976, a BCG está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), e deve ser aplicada a todo recém-nascido. A vacina não é recomendada para crianças com mais de 4 anos de idade ou adultos, a não ser em caso de pessoas que convivam com quem tenha hanseníase.
Por ser uma doença infecciosa crônica, os dados de tuberculose são consolidados sempre no ano seguinte, diferentemente do que acontece com as chamadas doenças agudas (meningite, influenza, sarampo, poliomielite etc.). Assim, o número de casos e óbitos de tuberculose deste ano serão conhecidos apenas em 2024. Embora tenha cura, a doença requer um tratamento prolongado, de pelo menos seis meses. No entanto, muitos pacientes interrompem seu tratamento antes do prazo, por diversos motivos, principalmente devido a vulnerabilidades sociais. Além disso, a transmissão da tuberculose acontece largamente entre a população carcerária, o que se torna mais um grande desafio para o combate à doença.