O Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, será iluminado na cor verde em alusão ao Dia Nacional da Doação de Órgãos. A iluminação do monumento acontecerá nesta quarta-feira (27), das 18h às 19h, e faz parte da campanha de conscientização promovida pelo Ministério da Saúde com o tema “Doe uma segunda chance, doe órgãos” e que tem como embaixador o ator Marcos Frota.
De janeiro a junho de 2023, o Brasil registrou mais de 1,9 mil doadores efetivos de órgãos. Esse é um número recorde de doações, quando comparados números do mesmo período dos últimos dez anos, e possibilitou a realização de mais de 4,3 mil transplantes. Segundo dados do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), esse quantitativo representa aumento de 16% no número absoluto de transplantes de órgãos, quando comparado com o mesmo período de 2022.
Por modalidade de transplante, de acordo com dados do SNT, houve aumento de 30% no número de transplantes de pâncreas, 20% nos transplantes renais, 16% nos transplantes de coração e 9% nos transplantes de fígado. Com relação aos transplantes de córneas, no primeiro semestre de 2023, foram realizados 7.810 procedimentos, 15% a mais do que o mesmo período do ano passado. Para os transplantes de células-tronco hematopoéticas (medula óssea) houve realização de 1.838 procedimentos – 6% de aumento.
De 1º janeiro até 27 de agosto deste ano, o tempo de espera para transplante de coração, por exemplo, foi menor do que 30 dias para 72 dos pacientes na lista – o equivalente a 27,5% do total de pessoas transplantadas. Para outros 65 pacientes (29%), o tempo de espera foi de 30 a 90 dias. Isso significa que mais da metade do percentual de pacientes (52,3%) teve a oportunidade de receber a doação em até três meses, segundo dados do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde.
SNT
O Brasil tem o maior sistema público de transplantes de órgãos do mundo. O Sistema Nacional de Transplantes é responsável pela regulamentação, controle e monitoramento do processo de doação e transplantes realizados no país, com o objetivo de desenvolver o processo de doação, captação e distribuição de órgãos, tecidos e células-tronco hematopoiéticas para fins terapêuticos.
O Ministério da Saúde reforça que a lista para transplantes é única e vale tanto para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto para os da rede privada, sendo que 90% das cirurgias devem atender à rede pública.