O monumento ao Cristo Redentor recebe neste sábado (22), no Dia da Emergência Climática, o Climate Clock (Relógio do Clima) usado por ativistas para alertar para a emergência climática. O Rio de Janeiro foi a capital brasileira escolhida para a iniciativa que chama atenção para o “orçamento de carbono”, que trata da quantidade de carbono que a população emite na atmosfera terrestre. O que mostra que o planeta está enfrentando mudanças climáticas, com impactos significativos na sociedade, na economia e no meio ambiente.
O Relógio do Clima é conhecido por sua representação de 24 metros em lugares como: Nova York, Londres, Roma, Tóquio e Pequim. A proposta é que o tempo marcado no relógio desacelere até chegar ao marco zero, que indica o quão perto a humanidade está de uma catástrofe global.
Pela primeira vez o marcador apontará um prazo de menos de seis anos, tempo para a diminuição na quantidade de gases de efeito estufa para a atmosfera do planeta, que esquentará mais 1,5°C. O relógio marca o tempo da taxa de emissão, que se continuar a aumentar ele vai acelerar, o relógio anda mais rápido. Se o planeta conseguir reduzir as emissões, o relógio vai começar a marcar o tempo mais devagar.
Em 2015, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP 21) foi firmado um acordo global assinado por 196 países que tinha como objetivo, combater as mudanças climáticas e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Se trata da meta do Acordo de Paris de limitar o aumento da temperatura média global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. Para alcançar essa meta, é preciso que o planeta reduza significativamente as emissões de gases de efeito estufa provenientes de atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis, desmatamento e práticas que liberam dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e outros gases que contribuem para o aquecimento global.
O Brasil é o quinto maior emissor global de gases de efeito estufa. As principais fontes de emissões no país incluem o desmatamento e a mudança no uso da terra, principalmente devido à expansão da agropecuária e da agricultura no país.