No dia 6 de julho de 1892, durante a inauguração provisória do Túnel de Real Grandeza, atual Túnel Velho – ligando a Rua Real Grandeza, em Botafogo, com a Rua do Matoso atual Rua Siqueira Campos, foi lavrada uma ata que marcou, oficialmente, o nascimento de Copacabana.
Segundo a lenda, após a chegada dos espanhóis à região, Nossa Senhora teria aparecido no local para Francisco Tito Yupanqui, um jovem pescador, que, em sua homenagem, teria esculpido uma imagem da santa que ficou conhecida como Nossa Senhora de Copacabana: a Virgem vestida de dourado pousada sobre uma meia-lua. No século XVII, comerciantes bolivianos e peruanos de prata (chamados na época de “peruleiros”) trouxeram uma réplica dessa imagem para a praia do Rio de Janeiro então chamada de Sacopenapã, que significa “o barulho e o bater de asas dos socós”. Sobre um rochedo dessa praia, construíram uma capela em homenagem à santa, a Igreja Nossa Senhora de Copacabana. O nome da praia e da região foi trocado para “Copacabana”. A capela veio a ser demolida em 1914, para ser erguido, em seu lugar, o atual Forte de Copacabana.
Até o final do século XIX, Copacabana era um local de difícil acesso. Basicamente era um grande areal, onde viviam alguns pescadores. Além deles, lá se encontrava o Forte Reduto do Leme, a pequena Igreja de Nossa Senhora de Copacabana e chácaras e sítios.
Isso começou a mudar em 1892 com a inauguração do Túnel Velho, citado acima. Assim o bairro passou a ter mais integração com o restante da cidade do Rio de Janeiro.
Em 1906 o Prefeito Pereira Passos construiu um dos maiores símbolos do bairro, conhecido mundialmente, seu calçadão.
Décadas depois, outra inauguração mudou a história de Copacabana. Em 1923, começou a funcionar, na Avenida Atlântica, o Hotel Copacabana Palace, que se tornou um dos símbolos do bairro e da cidade. O túnel integrou à cidade à Copacabana e o hotel juntou o mundo ao bairro.
No decorrer das décadas de 1930, 1940 e 1950, a praia viveu seu período áureo, quando tornou-se a praia mais frequentada da cidade, suplantando a Praia do Flamengo e recebendo o apelido de “princesinha do mar”.
Já nos anos 1970, muitas obras foram feitas no bairro. Essas reformas ajudaram a deixar Copacabana com a cara que tem hoje em dia. Em especial a reforma do Calçadão, que ganhou o sentido atual, paralelo à calçada.
Duas décadas depois, mais precisamente em 1992, começaram os shows no réveillon do bairro, outra marca registrada de Copacabana e posteriormente do Rio. A estreia desse evento foi com Jorge Benjor e Tim Maia.