Em comemoração ao Dia da Árvore, a Cedae começou nesta quinta-feira (21) o plantio de 30 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica no Parque Municipal Natural do Curió, em Paracambi. A ação também faz parte do início do Programa de Restauração Florestal do Corredor Tinguá-Bocaina na cidade, que visa proteger os principais mananciais onde a Companhia capta água para tratamento.
– A atividade principal da Cedae é a produção de água. E nosso desafio não é pequeno. As áreas onde fazemos as captações precisam ser preservadas com responsabilidade socioambiental, garantindo a segurança hídrica da população. Até porque, com a inauguração dos novos equipamentos que estamos construindo, como o Novo Guandu, haverá mais água sendo demandada e maior necessidade de que estes ecossistemas sejam preservados – afirma Aguinaldo Ballon, presidente da Cedae.
Idealizado e coordenado pela Companhia, em parceria com a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas) e a The Nature Conservancy (TNC), o programa tem como meta conservar e restaurar 30 mil hectares de Mata Atlântica no Estado do Rio.
O Corredor Tinguá-Bocaina está alinhado com o compromisso da Companhia com a Década da Restauração de Ecossistemas, uma iniciativa das Organizações das Nações Unidas (ONU), voltada para promover a recuperação de áreas degradadas, combater as mudanças climáticas e resolver problemas como a escassez de água, entre outros objetivos cruciais.
Envolvendo nove municípios (Barra do Piraí, Engenheiro Paulo de Frontin, Mendes, Miguel Pereira, Paracambi, Paty do Alferes, Piraí, Rio Claro e Vassouras), o Corredor Tinguá-Bocaina passa por mananciais fundamentais para o abastecimento do Estado, como o Rio Guandu e a represa de Ribeirão das Lajes. A região também abriga unidades de conservação como o Parque Nacional da Serra da Bocaina, o Parque Estadual Cunhambebe e áreas de proteção ambiental (APAs), onde vivem 20 mil espécies nativas do ecossistema, entre elas 6 mil endêmicas.
– O Parque do Curió, em Paracambi, é o segundo maior parque municipal do Estado do Rio de Janeiro, o local conecta áreas florestais do Parque Nacional da Serra da Bocaina e da Reserva Biológica Tinguá. Possui avifauna destacada, especialmente a ave que dá nome à Unidade de Conservação. Localizado na Sub-bacia Hidrográfica do Rio dos Macacos, tem rios e cachoeiras que abastecem o Rio Guandu, onde a Cedae capta água para fornecimento a 11 milhões de pessoas da Região Metropolitana do Rio de Janeiro – detalha Mayná Coutinho, coordenadora do programa Tinguá-Bocaina e de Meio Ambiente ESG da Cedae.
A atividade de hoje contou com as participações de funcionários da Cedae; do procurador-geral de Paracambi, Ricardo Alexandre da Silva; a secretária municipal do Meio Ambiente, Zulmira Helena; e do gestor da APA Guandu, Bruno Oliveira.
A prefeita Lucimar Ferreira destacou que o início do programa no município reforça o potencial ambiental da cidade.
– A gestão de Paracambi está comprometida em continuar avançando e valorizando a vocação rural e ambiental do nosso município. Ficamos muito felizes em receber o Programa de Restauração Florestal da Cedae em nossa cidade e temos a certeza de que será de grande importância para o crescimento estratégico do estado, pois potencializa a agricultura sustentável e impulsiona a economia em nossa região. Vamos continuar trabalhando no caminho da sustentabilidade no uso de nossos recursos naturais e em apoio aos nossos produtores rurais – disse a prefeita.
No início de setembro, a Companhia iniciou o plantio de 10 mil mudas no Monumento Natural Municipal Gruta dos Escravos, em Miguel Pereira. Todas as espécies são cultivadas nos sete viveiros do Replantando Vida, programa socioambiental da Cedae.