No primeiro depoimento da primeira audiência de instrução do caso relacionado à morte do ator Jeff Machado, o inspetor da Delegacia de Descoberta de Paradeiros, Igor Rodrigues Bello, afirmou nesta sexta-feira (27) que o crime foi premeditado. Ele foi o responsável pela investigação que levou à prisão dos réus Bruno de Souza Rodrigues e Jeander Vinícius da Silva Braga, detalhando as etapas da investigação, que inicialmente tratava-se de um caso de desaparecimento.
O ponto crucial da investigação, conforme relatou Igor Rodrigues Bello, foi o depoimento de um motorista de táxi dog que foi contratado para transportar os oito cachorros de Jeff para um centro de umbanda desativado. O taxista afirmou que no dia 31 de janeiro, Jeff – que já estava falecido na realidade – entrou em contato com ele através do WhatsApp, mas quem apareceu para acompanhar o transporte dos cães foi Bruno. O taxista, ao notar postagens nas redes sociais sobre cachorros da mesma raça vagando pela Zona Oeste do Rio, procurou voluntariamente a polícia.
A investigação concluiu que Bruno se passou por Jeff em várias ocasiões após o crime.
Na mesma audiência, a mãe e o irmão de Jeff Machado testemunharam como acusação, pedindo que os réus não estivessem presentes durante seus depoimentos. Maria das Dores, mãe de Jeff, expressou sua indignação com Bruno, descrevendo-o como “extremamente maquiavélico” por ter se passado pelo filho e mentido para ela.
A audiência, fechada para a imprensa, está sendo conduzida pela juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis, da 1ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, e conta com o depoimento das testemunhas convocadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que chamou 18 testemunhas, enquanto a assistência de acusação, representada pelo advogado Jairo Magalhães, convocou uma testemunha.