Os advogados da família Mantovani querem que as imagens do Aeroporto de Roma, sejam enviadas para uma nova perícia do Instituto Nacional de Criminalística (INC), o órgão central de criminalística da própria Polícia Federal. As imagens fazem parte de inquérito que investiga supostas ofensas e agressões ao ministro Alexandre de Moraes e parentes dele no terminal italiano, em julho deste ano.
Segundo a defesa, há divergência entre a análise feita pela PF e a que foi feita pela polícia da Itália, anexada ao pedido encaminhado esta semana à PF. Eles alegam ainda que as imagens foram verificadas pelo Serviço de Análise da PF, mas deveriam ter sido enviadas ao INC para uma avaliação criteriosa e técnica.
A tradução juramentada do ofício afirma que “às 18:39:12 h, repara-se o único contato físico digno de nota”, entre Roberto Mantovani e o filho do ministro Alexandre de Moraes.
Segundo a polícia italiana, o filho de Moraes, “provavelmente exasperado pelas agressões verbais recebidas, estendia o membro superior esquerdo, passando bem perto da nuca do antagonista, que, ao mesmo tempo, fazia a mesma ação utilizando o braço direito, impactando levemente os óculos de Alexandre Barci de Moraes”, filho do ministro.
O ministro Dias Toffoli tornou público o inquérito da Polícia Federal que traz a análise de imagens do circuito interno.
A Polícia Federal descreve que Roberto Mantovani parece bater as costas de sua mão direita no rosto de Alexandre Barci, vindo a atingir os óculos deste e aparentemente deslocá-los e que os óculos não chegam a cair no chão devido a uma discreta esquiva da vítima.
Na imagem 62, a PF diz que, ato contínuo, o filho do ministro, Alexandre Barci, levanta a mão esquerda que segurava o celular. Na foto 63, a polícia diz que Roberto Mantovani se assusta e se esquiva.
A PF rebateu nesse relatório os depoimentos da família Mantovani. Um dos pontos principais é a abordagem ao filho de Moraes, que, segundo os investigados, teria sido serena, mas, para a PF, as imagens mostram o contrário.