Na Arábia Saudita para a cobertura do Mundial de Clubes, o jornalista Ricardo Setyon falou à Rede MRio nesta segunda-feira, 18, durante o programa MRio Esporte Clube.
Além de destacar a disputa da competição, que tem o Fluminense como representante brasileiro, o jornalista falou também sobre como a Seleção Brasileira e a CBF estão sendo vistas fora do Brasil.
Sobre a possibilidade de o técnico italiano Carlo Ancelotti assumir o comando da Seleção Brasileira, Ricardo Setyon trouxe dois importantes pontos que podem impedir o acordo.
“A decadência da Seleção Brasileira está afetando em todos os níveis. Minha informação é que o Ancelotti queria vir, mas tem grande receio de entrar nessa piscina fedorenta que é o futebol brasileiro. Que treinador do mundo vai aceitar uma seleção que não tem dirigente? Então o treinador do nível do Ancelotti não vai pra Seleção Brasileira nessas condições. O Brasil hoje é piada”, disse Ricardo Setyon, também abordando o tema sobre Neymar.
“O investimento que o Al-Hilal está fazendo pelo Neymar é muito grande. Há investimentos futuros que os sauditas querem também fazer no Brasil. O Neymar e seu pai são vitais. O foco do Al-Hilal é ser campeão saudita. Mais ou menos março, tudo estará em espera pelo Neymar. Se tudo não tiver bem com ele, há a possibilidade de negociar a saída dele”, afirmou Setyon.
Sobre o Mundial de Clubes, o jornalista destacou que a eliminação do Al-Ittihad, representante local, significou um duro golpe aos sauditas, que não esperavam a queda. Desta forma, não está descartada a possibilidade de o clube passar por mudanças em breve.
“O Mundial estava sendo feito para o Al-Ittihad chegar até à semifinal. Estava o estádio lotado contra o Al Ahly, mas aí veio a derrota. O Marcelo Gallardo ainda não fez tudo o que poderia e a consequência da derrota é terrível. Isso irritou muito os sauditas e a tendência é que alguns jogadores do Al-Ittihad não permaneçam. O Karim Benzema perdeu muito do crédito dele dentro do clube”, disse Ricardo Setyon, também falando sobre a presença de público no Mundial.
“A torcida do Al Ahly, que é o clube mais premiado do continente africano, está dominando Jidá. Temos muitos torcedores desse clube. Em relação ao Fluminense, temos um grupo de cerca de 3 mil por aqui. Os torcedores do Al Ahly estão em maior número, cerca de três para um em relação ao Fluminense. Esse jogo é muito importante para eles e estão concentrados para chegar à final”, finalizou Ricardo Setyon.
Em busca de vaga na decisão do Mundial de Clubes, o Fluminense enfrenta o Al Ahly, do Egito, nesta segunda-feira, 18, às 15hs (de Brasília).