O Ministério da Saúde (MS) está oferecendo apoio psicológico e social aos brasileiros que foram repatriados nos últimos dias, vindos de Israel durante a operação Voltando em Paz, que começou na última quarta-feira, dia 11 de outubro. A ação oferece um suporte inicial para lidar com ansiedade, insônia e outros transtornos causados pela violência na região. Da mesma forma, o grupo de pessoas que aguarda para sair de Gaza pela fronteira com o Egito também tem sido acompanhado.
São quatro voluntários da Força Nacional do SUS que foram disponibilizados pelo Ministério, para recepcionar passageiros que chegam ao Brasil nas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), sendo duas psicólogas e duas assistentes sociais, para apoiar no acolhimento dos repatriados que estavam em zona de conflito no país do Oriente Médio. Esse atendimento é feito para os brasileiros que desembarcaram no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, que recebeu a maior parte dos repatriados.
Cerca de 100 passageiros chegaram na madrugada da última quarta (11), no primeiro voo da operação, que pousou inicialmente em Brasília (DF), se deslocaram em seguida para o Rio. Depois, o Galeão recebeu o segundo voo, com 214 pessoas, o quarto voo, com 207, e o quinto, com 215.
Paralelamente, o Escritório de Representação do Brasil na Palestina também contratou uma psicóloga para atender as 32 pessoas que estão na Faixa de Gaza aguardando para deixar a área do conflito. Devido ao cerco no local, as consultas têm ocorrido de forma virtual, mesmo com a dificuldade de acesso à internet e à energia elétrica no local.
A profissional, que é palestina, tem dado conselhos sobre como lidar com a ansiedade e a insônia, utilizando exercícios respiratórios, e também sobre como conversar com as crianças para confortá-las em meio aos perigos da guerra. As mensagens, escritas em árabe, são compartilhadas em um grupo de WhatsApp.
Em uma das mensagens escrita pela psicóloga ela cita a fadiga que as pessoas sofrem diante do grande estresse e que é muito difícil para o cérebro estar constantemente neste estado. E conclui dizendo que ele aciona uma função de proteção, fazendo com que a pessoa se sente exausta, desesperada e mostrando sinais de depressão.