O Botafogo deu um grande passo rumo às oitavas de final da Copa Sul-Americana ao vencer o Patronato por 2 a 0, no Estádio Presbítero Bartolomé Grella, na cidade de Paraná, na Argentina, na partida de ida dos playoffs do torneio continental.
Além de um rival argentino, sempre duro de se enfrentar, especialmente fora de casa, o Glorioso teve um adversário a mais: o gramado. Além de poças por conta das fortes chuvas na região, o campo tinha péssimas condições, com direito a um buraco que cobria inteiramente o pé de um dos jogadores.
Cláudio Caçapa optou por tirar algumas peças do time titular que sofriam com desgaste físico maior, como o artilheiro Tiquinho Soares. Mas longe de um desprezo pela competição, a rodagem do elenco alvinegro é feita de forma consciente e em uma partida que todos sabiam que era possível vencer, mesmo sem jogadores importantes, como o camisa 9.
O que se viu no primeiro tempo foi um jogo de pouquíssimas oportunidades e ainda menos jogadas interessantes. Tentando se adaptar às condições impostas pelo clima e gramado, o Botafogo abusou das bolas longas, especialmente com Cuesta, e dos cruzamentos na área, os melhores sendo de Marçal.
Mesmo sem grandes oportunidades, o Glorioso já poderia ter ido para o intervalo com uma vantagem no placar, não fosse o árbitro boliviano Gery Vargas ignorar um pênalti claro cometido sobre Carlos Alberto na hora de fazer o gol.
Se o Alvinegro pouco produzia, o mesmo valia para o Patronato, que em muitos momentos também teve dificuldades impostas pelas condições, mas não parecia se preocupar muito em atacar. A única boa chance na primeira etapa foi em arrancada de Esquivel.
Se aproveitando do mau posicionamento de Philipe Sampaio, o camisa 7 saiu cara a cara com Lucas Perri, bateu rasteiro e parou em ótima defesa do goleiro alvinegro. O roteiro se repetiu ao que vem sendo nos melhores jogos do Botafogo. Marcação forte no meio-campo, solidez defensiva efetividade na frente.
Foi o que aconteceu na segunda etapa. Se aproveitando da bola longa, que era a estratégia a ser explorada, e de um cochilo de Ghirardelo, Carlos Alberto foi oportunista e colocou a bola na rede encobrindo o goleiro.
Em desvantagem, o Patronato passou a tentar ameaçar um pouco mais e, consequentemente, a dar mais espaços para os contra-ataques alvinegros. Foi em um deles que a vantagem foi ampliada. O estreante Diego Hernandez puxou, fez lançamento para Di Plácido que cruzou para Janderson, desmarcado na segunda trave, colocar na rede de cabeça.