Equipes dos Bombeiros da Baixada Fluminense estão empenhadas na busca por um idoso que desapareceu durante uma expedição em busca de ervas numa mata próxima a casa dele, na semana passada. Genário Domingues, de 74 anos, é conhecido por sua prática de criar garrafadas e chás a partir de materiais-primas que coleta regularmente na Serra de Adrianópolis, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
O caso de Genário é mais um entre os desaparecimentos registrados este ano no estado do Rio de Janeiro. Apenas no primeiro semestre, segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP-RJ), foram contabilizadas 2.900 ocorrências de pessoas desaparecidas, uma média de 16 por dia.
De acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP-RJ), só no primeiro semestre de 2023, 2.900 pessoas desapareceram no RJ — uma média de 483 pessoas por mês, ou 16 por dia.
Essas quase 3 mil pessoas sumidas representam um aumento de 11% em comparação com o mesmo período de 2022.
Para reduzir esses números, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos e a Defensoria Pública do Rio de Janeiro lançaram uma campanha de prevenção ao desaparecimento de pessoas. Às 16h, no Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor, será celebrada uma missa pelo Padre Omar.
De acordo com o ISP, em 2022, a maior incidência de desaparecimentos foi entre pessoas de 15 a 29 anos, que representaram 1.839 casos. Logo depois, na faixa etária de 0 a 17 anos, foram 1.258 desaparecidos.
Entre crianças e adolescentes, 60,5% dos desaparecimentos são de mulheres, enquanto entre jovens de 15 a 29 anos, os homens representam 63,1%. O mesmo perfil se repete entre idosos, sendo 68,3% homens.