Ouça agora

Ao vivo

Na abertura do Cosud, Cláudio Castro defende mudanças na legislação penal e no indexador da dívida dos estados
Política
Na abertura do Cosud, Cláudio Castro defende mudanças na legislação penal e no indexador da dívida dos estados
Receita abre consulta a lote da malha fina do Imposto de Renda
Brasil
Receita abre consulta a lote da malha fina do Imposto de Renda
Black Friday movimentará R$ 1,32 bilhão na Região Metropolitana do Rio
Destaque
Black Friday movimentará R$ 1,32 bilhão na Região Metropolitana do Rio
Decoração de Natal luxuosa da mansão de Virgínia Fonseca repercute nas redes
Famosos
Decoração de Natal luxuosa da mansão de Virgínia Fonseca repercute nas redes
Governador do Rio transfere recursos do RioPrevidência para cobrir dívida do estado com a União
Destaque
Governador do Rio transfere recursos do RioPrevidência para cobrir dívida do estado com a União
Inter supera Vasco em luta por vaga direta para a Libertadores
Destaque
Inter supera Vasco em luta por vaga direta para a Libertadores
Orçamento terá bloqueio em torno de R$ 5 bilhões
Brasil
Orçamento terá bloqueio em torno de R$ 5 bilhões

Atleta de vôlei de praia sofre ataques homofóbicos durante jogo

Falas foram proferidas pela torcida que acompanhava a partida
Foto: Reprodução das Redes Sociais

O jogador de vôlei Anderson Melo sofreu ataques homofóbicos, na última quinta-feira (14), durante uma partida do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia, que aconteceu em Recife (PE). A torcida que acompanhava o jogo, em vários momentos começam a direcionar a Anderson “coros” em tons pejorativos, tudo foi registrado em vídeo. O próprio atleta publicou os vídeos em sua rede social como forma de denúncia, e também registrou boletim de ocorrência na 16ª delegacia, no Rio de Janeiro, onde mora.

Anderson declarou que chegou a pedir a paralisação da partida, e representantes da Confederação Brasileira de Vôlei, que estavam no local, foram acionados, mas o jogo seguiu. Os autores das falas homofóbicas não foram identificados.

Após o ocorrido, a Confederação Brasileira de Vôlei divulgou nota falando que lamenta o episódio. A entidade informou ainda que vai encaminhar o caso para o Ministério Público local e registrar um boletim de ocorrência em uma delegacia do Recife.

Desde a última sexta-feira (15), uma mensagem de áudio era veiculada antes das partidas da etapa recifense alertando que racismo, homofobia e outros atos discriminatórios são crime, e não podem fazer parte dos eventos do voleibol brasileiro. Durante os jogos das finais da etapa, a confederação realizou uma ação onde os atletas entraram na quadra segurando uma faixa com a frase “Homofobia é Crime” e outra de apoio a Anderson dizendo que “a luta é de todos”.

A Comissão Nacional de Atletas de Vôlei de Praia se manifestou em nota dizendo que repudia qualquer ato discriminatório e cobrou da Confederação Brasileira de Vôlei de Praia providências em relação ao caso.

 

Homofobia é crime

Vale lembrar que de acordo com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2019, casos de homofobia e transfobia se aplicavam na lei que trata do racismo, fazendo, assim, com que a homofobia seja considerada crime.

Como prevê o artigo 20 da Lei do Racismo, a pena para este crime é de um a três anos de reclusão, podendo chegar a cinco anos se houver divulgação do ato homofóbico em meios de comunicação, como redes sociais, e multa para quem cometer essa conduta. Por ser equiparada ao crime de racismo, a homofobia se torna crime inafiançável e imprescritível, ou seja, não admite que a pessoa seja solta por pagamento de fiança e permite que ela seja processada, julgada ou tenha a pena executada a qualquer tempo – não há um prazo como em outros crimes. E ainda, há a possibilidade de enquadrar uma ofensa homofóbica como injúria, segundo o artigo 140, parágrafo 3 do Código Penal. A pena neste caso é de reclusão de um a três anos e multa.

 

Confira a publicação de Anderson em sua rede social