Nesta sexta-feira (29), segundo informaram autoridades, um atentado suicida, deixou 52 mortos e 58 feridos, durante uma reunião religiosa na mesquita em Mastung, um distrito da província do Baluchistão, no sudoeste do Paquistão.
Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque. A província do Baluchistão foi, no passado, palco de ataques de militantes islâmicos e separatistas.
Os muçulmanos no Paquistão e em todo o mundo celebram o aniversário do profeta Maomé com reuniões públicas, data conhecida como Mawlid an-Nabi. Durante as celebrações, que duram o dia todo, eles também distribuem refeições gratuitas às pessoas.
Desde o ano passado, o Paquistão passa por um novo período de ataques. O conflito foi revivido quando um cessar-fogo entre o governo e o Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), uma organização que reúne vários grupos islâmicos sunitas de linha dura, foi rompido.
O TTP negou ter realizado o ataque de sexta-feira.
Em comunicado, o ministro interino do Interior, Sarfraz Bugti, expressou tristeza e pesar pela perda de vidas. Ele disse que foi um “ato hediondo” atingir as pessoas na procissão de Mawlid an-Nabi.
O governo declarou feriado nacional para o aniversário de nascimento do profeta Maomé, e o presidente Arif Alvi e o primeiro-ministro interino Anwaarul-haq-Kakar, em massagens separadas, apelaram à unidade e à adesão das pessoas aos ensinamentos do profeta do Islã.
Explosão em Peshawar
Horas depois, uma nova explosão, desta vez em Peshawar (a mais de 600km de Mastung), deixou cerca de 30 a 40 pessoas presas nos escombros. Cinco pessoas morreram.