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Artistas negras sofrem preconceito na semana em que se comemora o Dia da Consciência Negra

Mesmo com uma data que marca a luta por menos preconceito e desigualdade, em pleno 2023, são muitos ainda os casos de racismo, que é crime

Na última segunda-feira (20), é comemorado o Dia da Consciência Negra, inclusive em alguns estados, a data é feriado. O objetivo da data é relembrar as lutas dos movimentos negros pelo fim da opressão provocada pela escravidão e refere-se à morte de Zumbi, importante líder do Quilombo dos Palmares.

Porém, mesmo com uma data que marca a luta por menos preconceito e desigualdade, alguns nomes importantes para a cultura brasileira e carioca, infelizmente vivenciaram na mesma semana, casos de racismo.

 

Sônia Capeta (Ex-rainha de bateria da Beija-Flor de Nilópolis)

O primeiro episódio racista, aconteceu no próprio dia 20, feriado no Estado do RJ, onde a ex-rainha de bateria da Beija-Flor de Nilópolis e hoje destaque na azul e branca de Nilópolis, divulgou através de suas redes sociais, que sofreu um ataque em uma publicação feita no Instagram em homenagem, onde ela aparece samabando, o que rendeu muitos comentários exaltando Soninha. Porém um perfil, fez um comentário no post com uma imagem de um gorila.

Foto: Reprodução

Sonia diz em sua publicação, onde denuncia o fato que este é ” um ato que ocorre o ano inteiro, dia e noite. E os culpados muitas das vezes não são punidos, ou até mesmo dizem não passar de uma ‘brincadeira’ “.

“Quis mostrar a vcs que nossa luta não pode acabar e nunca podemos ficar calados mediante a atos como esses. Seja nas redes sociais ou nas ruas,seja lá onde for! ✊🏿 preta com orgulho”, declarou Soninha Capeta.

A Beija-Flor de Nilópolis, emitiu um comunicado oficial em apoio a sua integrante.

“Em pleno 2023, é inaceitável nos depararmos ainda com discursos racistas, sobretudo numa data tão significativa como o Dia da Consciência Negra”.

 

Vilma Nascimento (Porta-bandeira e baluarte da Portela)

A família de Vilma Nascimento, 85 anos, porta-bandeira e baluarte da escola de samba Portela, denunciou hoje (23) que ela foi vítima de racismo na loja Duty Free Shop do aeroporto de Brasília. O caso ocorreu na última terça-feira (21), quando ela voltava ao Rio de Janeiro, depois de receber uma homenagem na Câmara dos Deputados, no contexto de celebração do Dia da Consciência Negra.

Nas redes sociais, a filha de Vilma, Danielle Nascimento, relatou que ela e a mãe decidiram comprar chocolates na loja, antes de embarcar no voo para o Rio. Depois de feito o pagamento, passaram mais uma vez na porta da loja e foram abordadas por uma fiscal.

Nesse momento, foram acusadas de ter pego um produto sem pagar.

Foto: Reprodução

Danielle descreveu o ocorrido como “humilhante, que não deveria existir mais no Brasil ou em qualquer outro lugar do mundo”. Ela disse, ainda, que a mãe “ficou surpresa, revoltada e envergonhada” e que tentou chamar a polícia sem sucesso. Teve de correr até o portão de embarque para não perder o voo e que entrou no avião “aos prantos”.

A Portela também emitiu um comunicado oficial em solidariedade a Vilma e sua família.

“A luta por uma sociedade mais justa e humana passa pelo combate ao racismo. O G.R.E.S Portela repudia veementemente o preconceito sofrido por Vilma Nascimento, o Cisne da Passarela, no aeroporto de Brasília, em companhia de sua filha Danielle Nascimento. Vilma é um dos ícones da Portela e do carnaval. É uma sambista de destaque, que traz na pele a marca de nossa ancestralidade”.

 

Ludmilla (Cantora) 

A cantora Ludmilla publicou um vídeo nas suas redes sociais nesta quinta-feira (23) relatando um caso de racismo no qual o deputado estadual, Thiago Gagliasso, teria chamado ela de “macaca” em uma festa.

“Ele é racista sim. A gente estava na casa de uma das pessoas mais famosas desse país. E eu estava acompanhada por um cara e ele (o deputado) conhecia esse cara. Aí ele chegou nesse cara, simplesmente na minha cara, ‘po, mano. tanta mina gata aqui na festa e você ta com essa macaca'”, contou Ludmilla.

Foto: Reprodução

Ainda de acordo com o relato de Ludmilla, o ato racista aconteceu na frente de algumas testemunhas e que ela e outras pessoas acabaram discutindo com Gagliasso após a ofensa.

Thiago Gagliasso se manifestou nas redes sociais sobre a fala da cantora. “Infelizmente existe gente querendo se promover em cima de uma causa séria. Se isso realmente fosse verdade, por que não denunciou? Antirracista de ocasião, hipócrita”, disse em vídeo e na legenda, se referindo ao vídeo da Ludmilla.