O Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) divulgou na última quinta-feira (18/07) a edição de 2024 do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. O trabalho revelou diminuições graves das mortes violentas intencionais em 20 estados da federação. No Rio de Janeiro, o declínio foi de 4,8% em 2023, quando comparado com o mesmo período em 2022. O resultado positivo se manteve nos cinco primeiros meses deste ano, com uma redução de 21% das mortes violentas.
Outro indicador importante para o Rio de Janeiro é a morte por intervenção de agente do Estado, que nos últimos anos registrou quedas graves: 34,5% em 2023 e, entre janeiro a maio deste ano, a queda chegou a 40%. Vale lembrar que esses indicadores fazem parte do Sistema Integrado de Metas (SIM) do Governo do Estado do RJ, que estabelece metas, acompanha os resultados e prêmios nas áreas que atingem os objetivos. O Sistema de Metas do Rio de Janeiro é o mais duradouro do país, em vigor desde 2009.
É importante destacar que o Rio de Janeiro é, hoje, o estado que mais adquiriu câmeras corporais para as polícias – somente na Polícia Militar foram mais de 13 mil equipamentos instalados. Um investimento que também tem sido fundamental para otimizar o trabalho da Polícia Civil, que vem aumentando a capacidade investigativa das unidades com foco na elucidação de crimes e redução de índices criminais.
Crimes contra a vida em queda
Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) mostram que as constantes quedas nos crimes contra a vida se repetem em 2024. A Letalidade Violenta, que abrange homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte, morte por intervenção de agente do Estado e roubo seguido de morte (latrocínio), registrou queda de 21% nos primeiros cinco meses deste ano e de 7% em maio, em comparação com os mesmos períodos de 2023. Ambas as estatísticas apontam para o menor número de vítimas desde 1991 , quando foi iniciada a série histórica do ISP.
As reduções apresentadas também se estendem aos demais crimes contra a vida. Os homicídios dolorosos foram uma queda de 16% no acumulado de maio, sendo este o menor valor para o período em 34 anos, e de 14% no último mês.