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Antropólogo francês estuda relações entre humanos e onças no Parque Atalaia em Macaé

O trabalho realizado incluiu entender a ecologia das onças, seu território e a evolução das populações
Foto: Divulgação

O antropólogo francês Alexandre Habonneau, doutorando do Museu Nacional, esteve no Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (Nupem-Macaé) e no Parque Atalaia na semana passada para realizar um estudo das relações entre humanos e onças. O coordenador do Parque Atalaia, Alexandre Bezerra, acompanhou o especialista no Parque Atalaia, mesmo com as chuvas. A Secretaria de Meio Ambiente e a Guarda Ambiental deram suporte.

Durante suas visitas ao Parque Atalaia, Alexandre Habonneau conheceu as trilhas do espaço, conversou com os funcionários e buscou compreender de que forma a presença das onças no local influencia a vida das pessoas que vivem e visitam a região. O coordenador do parque, Alexandre Bezerra, destacou a importância desse tipo de estudo para a elaboração de estratégias de conservação mais eficazes e para promover uma convivência harmoniosa entre os seres humanos e a fauna local.

Segundo o coordenador do Parque Atalaia, Alexandre Bezerra, é importante essa visão da antropologia em relação às onças para buscar atitudes mais equilibradas. “Esperamos contribuir para o conhecimento científico e promover um maior entendimento sobre a importância das onças na ecologia e na cultura brasileira, além de buscar soluções para a coexistência harmoniosa entre humanos e os felinos”, comentou Bezerra.

Com formação em antropologia da ecologia, que se dedica às relações entre humanos e o meio ambiente, especialmente em relação aos animais, Alexandre Habonneau tinha como objetivos principais compreender a simbologia da onça no Brasil e as representações populares ao longo da história. Ele investiga como a onça é vista e interpretada pela sociedade brasileira, explorando os significados culturais e simbólicos atribuídos a esse felino.

O trabalho realizado pelo antropólogo no Parque Atalaia incluiu entender a ecologia das onças, seu território e a evolução das populações. Com o suporte do médico veterinário Marcos Felipe da Rocha Pinto, Alexandre estudou a ecologia desses animais, investigando sua distribuição geográfica, hábitos alimentares, comportamento e interações com o ambiente natural.

– O monitoramento foi feito independente de sol ou chuva no final de semana e tivemos bons resultados em relação aos felinos, as onças principalmente, e vamos ampliar a área de monitoramento de câmeras – informou o médico veterinário Marcos Felipe.

 

Monitoramento contribui para a melhoria da coexistência entre humanos e onças

O monitoramento também visou, de acordo com Alexandre, compreender o encantamento despertado pelas onças, explorando a ecologia subjetiva, a educação ambiental e as trajetórias individuais das pessoas que têm um fascínio especial por esses felinos.

Alexandre investigou como a relação com as onças pode influenciar a percepção do ambiente natural e como essa conexão pode ser utilizada como ferramenta de conscientização e preservação. “Recebi ótimo apoio em Macaé, estou pesquisando Macaé, Pantanal, Amazônia, Foz do Iguaçu, estudando a relação dos humanos com as onças, qualidade ambiental, ecossistema e natureza”, esmiuçou Alexandre Habonneau.

O coordenador do Parque Alexandre Bezerra enfatizou que ao realizar suas pesquisas no Parque Atalaia, o conhecimento científico e a promoção de um maior entendimento sobre a importância das onças na ecologia e na cultura brasileira foram realizados.

Foto: Divulgação

 

Antropólogo enaltece experiência em Macaé

O antropólogo contou um pouco de sua experiência em Macaé. “Foi uma experiência incrível ver as pegadas da onça no Parque Atalaia. A floresta ganhou uma outra dimensão, como se tivéssemos adentrado a casa dela e fôssemos os convidados”, disse o antropólogo Alexandre Habonneau, ressaltando a atuação da equipe de Macaé.

“A acolhida que recebi do Alexandre foi maravilhosa. Ele me colocou em contato com diversas pessoas, como o Luiz Nogueira, que possui histórias fascinantes para contar e um conhecimento único da floresta. Também tive a oportunidade de conhecer o Marcos, que realiza um trabalho fantástico de monitoramento da fauna”, endossou.