Ouça agora

Ao vivo

Após dias quentes, Rio terá céu nublado e chuva no restante da semana
Destaque
Após dias quentes, Rio terá céu nublado e chuva no restante da semana
Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão para Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra
Mundo
Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão para Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra
Operação mira fraudes de R$ 40 milhões no Banco do Brasil
Destaque
Operação mira fraudes de R$ 40 milhões no Banco do Brasil
Pressionado por operação da PF, Mauro Cid presta depoimento ao STF nesta quinta-feira
Brasil
Pressionado por operação da PF, Mauro Cid presta depoimento ao STF nesta quinta-feira
Neguinho da Beija-Flor anuncia último carnaval em 2025
Carnaval
Neguinho da Beija-Flor anuncia último carnaval em 2025
Nova Iguaçu capacita Guarda Municipal para atuação em situações de desastres
Nova Iguaçu
Nova Iguaçu capacita Guarda Municipal para atuação em situações de desastres
Angra reforça cuidados com a saúde do homem
Angra dos Reis
Angra reforça cuidados com a saúde do homem

Antropólogo francês estuda relações entre humanos e onças no Parque Atalaia em Macaé

O trabalho realizado incluiu entender a ecologia das onças, seu território e a evolução das populações
Foto: Divulgação

O antropólogo francês Alexandre Habonneau, doutorando do Museu Nacional, esteve no Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (Nupem-Macaé) e no Parque Atalaia na semana passada para realizar um estudo das relações entre humanos e onças. O coordenador do Parque Atalaia, Alexandre Bezerra, acompanhou o especialista no Parque Atalaia, mesmo com as chuvas. A Secretaria de Meio Ambiente e a Guarda Ambiental deram suporte.

Durante suas visitas ao Parque Atalaia, Alexandre Habonneau conheceu as trilhas do espaço, conversou com os funcionários e buscou compreender de que forma a presença das onças no local influencia a vida das pessoas que vivem e visitam a região. O coordenador do parque, Alexandre Bezerra, destacou a importância desse tipo de estudo para a elaboração de estratégias de conservação mais eficazes e para promover uma convivência harmoniosa entre os seres humanos e a fauna local.

Segundo o coordenador do Parque Atalaia, Alexandre Bezerra, é importante essa visão da antropologia em relação às onças para buscar atitudes mais equilibradas. “Esperamos contribuir para o conhecimento científico e promover um maior entendimento sobre a importância das onças na ecologia e na cultura brasileira, além de buscar soluções para a coexistência harmoniosa entre humanos e os felinos”, comentou Bezerra.

Com formação em antropologia da ecologia, que se dedica às relações entre humanos e o meio ambiente, especialmente em relação aos animais, Alexandre Habonneau tinha como objetivos principais compreender a simbologia da onça no Brasil e as representações populares ao longo da história. Ele investiga como a onça é vista e interpretada pela sociedade brasileira, explorando os significados culturais e simbólicos atribuídos a esse felino.

O trabalho realizado pelo antropólogo no Parque Atalaia incluiu entender a ecologia das onças, seu território e a evolução das populações. Com o suporte do médico veterinário Marcos Felipe da Rocha Pinto, Alexandre estudou a ecologia desses animais, investigando sua distribuição geográfica, hábitos alimentares, comportamento e interações com o ambiente natural.

– O monitoramento foi feito independente de sol ou chuva no final de semana e tivemos bons resultados em relação aos felinos, as onças principalmente, e vamos ampliar a área de monitoramento de câmeras – informou o médico veterinário Marcos Felipe.

 

Monitoramento contribui para a melhoria da coexistência entre humanos e onças

O monitoramento também visou, de acordo com Alexandre, compreender o encantamento despertado pelas onças, explorando a ecologia subjetiva, a educação ambiental e as trajetórias individuais das pessoas que têm um fascínio especial por esses felinos.

Alexandre investigou como a relação com as onças pode influenciar a percepção do ambiente natural e como essa conexão pode ser utilizada como ferramenta de conscientização e preservação. “Recebi ótimo apoio em Macaé, estou pesquisando Macaé, Pantanal, Amazônia, Foz do Iguaçu, estudando a relação dos humanos com as onças, qualidade ambiental, ecossistema e natureza”, esmiuçou Alexandre Habonneau.

O coordenador do Parque Alexandre Bezerra enfatizou que ao realizar suas pesquisas no Parque Atalaia, o conhecimento científico e a promoção de um maior entendimento sobre a importância das onças na ecologia e na cultura brasileira foram realizados.

Foto: Divulgação

 

Antropólogo enaltece experiência em Macaé

O antropólogo contou um pouco de sua experiência em Macaé. “Foi uma experiência incrível ver as pegadas da onça no Parque Atalaia. A floresta ganhou uma outra dimensão, como se tivéssemos adentrado a casa dela e fôssemos os convidados”, disse o antropólogo Alexandre Habonneau, ressaltando a atuação da equipe de Macaé.

“A acolhida que recebi do Alexandre foi maravilhosa. Ele me colocou em contato com diversas pessoas, como o Luiz Nogueira, que possui histórias fascinantes para contar e um conhecimento único da floresta. Também tive a oportunidade de conhecer o Marcos, que realiza um trabalho fantástico de monitoramento da fauna”, endossou.