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Análise das câmeras de policiais será realizada pela PM, após mortes de criança e adolescente na Ilha

A instituição policial deu início a um processo de investigação e está monitorando os desdobramentos do caso
Imagem: Reprodução O DIA

A Corregedoria da Polícia Militar irá examinar as gravações das câmeras corporais dos policiais militares envolvidos nas ações que resultaram nos óbitos de um menino de 5 anos e de um jovem de 17 anos, ocorridos no último sábado (12) no Morro do Dendê, situado na Ilha Governador, Zona Norte do Rio de Janeiro. A instituição policial deu início a um processo de investigação e está monitorando os desdobramentos do caso. Os agentes implicados já prestaram depoimentos na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), tiveram suas armas apreendidas e o comandante do 17º Batalhão da Polícia Militar (Ilha do Governador) foi suspenso de suas funções. Nesta segunda-feira (14), a presença policial permanece reforçada na região.

Apesar do ambiente carregado de tensão, a Secretaria Municipal de Educação divulgou que as escolas estão operando normalmente nesta manhã. A Secretaria Municipal de Saúde, igualmente, confirmou que as unidades de atendimento médico estão em funcionamento regular. Durante a noite de domingo (13), moradores organizaram um protesto e colocaram fogo em objetos na Avenida Paranapuã, o mesmo local onde o adolescente foi atingido por disparos. A polícia alegou que ele estava armado e houve um confronto, contudo, testemunhas relatam que o jovem estava na garupa de uma motocicleta que foi abordada, e que ele teria erguido as mãos antes de os agentes atirarem. O rapaz foi levado ao Hospital Municipal Evandro Freire, mas infelizmente não resistiu. De acordo com a mãe, W.E completaria 18 anos naquele dia e ela já havia adquirido todos os itens para confeccionar um bolo de aniversário. O corpo do jovem foi sepultado no Cemitério da Cacuia no domingo. A morte já havia desencadeado protestos no sábado, ocasionando o incêndio de dois ônibus da empresa Transportes Paranapuan. Algumas rotas da companhia foram interrompidas na Pedra da Onça, tendo o ponto final deslocado para a garagem da empresa. Hoje, a empresa comunicou que a programação das rotas permanece inalterada, mas, caso novos distúrbios ocorram, os ônibus somente seguirão até a Cacuia.

No mesmo dia, Eloah Passos foi atingida por um tiro em sua residência enquanto brincava em seu quarto. A bala que a atingiu entrou pela janela, deixando a coberta da cama manchada de sangue. Ela recebeu assistência de um mototaxista e uma vizinha, contudo, chegou sem vida ao Hospital Municipal Evandro Freire. Conforme relato da Polícia Militar, enquanto estavam reforçando o patrulhamento na comunidade, os policiais foram alvo de disparos e manifestantes bloquearam as vias nas proximidades, arremessando pedras contra os veículos e os times policiais. O Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidão (Recom) juntamente com o Grupamento Aeromóvel (GAM) interveio na situação.

De acordo com a mesma corporação, enquanto as equipes estavam empenhadas em restabelecer o fluxo do tráfego, o 17° BPM foi informado sobre uma criança baleada no Morro do Dendê e socorrida por familiares. A Polícia Militar afirmou em nota que “ressalta que não estava realizando uma operação policial dentro da comunidade”. Entretanto, parentes da criança alegam que não havia troca de tiros no momento em que ela foi ferida e que o tiro foi disparado por policiais militares atuantes na região. O corpo da vítima será sepultado às 13h no Cemitério da Cacuia.