Ouça agora

Ao vivo

Três apostas acertam as seis dezenas da Mega-Sena
Brasil
Três apostas acertam as seis dezenas da Mega-Sena
Polícia Federal realiza operação contra extração ilegal de areia em Seropédica
Baixada Fluminense
Polícia Federal realiza operação contra extração ilegal de areia em Seropédica
PMs vão passar por treinamento para identificar atos racistas e atender vítimas nos estádios
Destaque
PMs vão passar por treinamento para identificar atos racistas e atender vítimas nos estádios
ANS suspende comercialização de nove planos de saúde
Brasil
ANS suspende comercialização de nove planos de saúde
Maracanã tem novo espaço para atender mulheres vítimas de violência
Destaque
Maracanã tem novo espaço para atender mulheres vítimas de violência
PM apura possíveis abusos em abordagem a adolescentes negros no Rio
Destaque
PM apura possíveis abusos em abordagem a adolescentes negros no Rio
Fluminense e Inter empatam no Maracanã e ambos se mantem na mesma posição no Brasileirão
Esportes
Fluminense e Inter empatam no Maracanã e ambos se mantem na mesma posição no Brasileirão

Alerj suspende efeitos da decisão judicial que afastava a deputada Lucinha do mandato parlamentar

Assembleia Legislativa vai instaurar processo disciplinar em relação à deputada no Conselho de Ética da Casa.
Foto: Reprodução Alerj

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) suspendeu nesta quinta-feira (08), em sessão plenária, as medidas cautelares da decisão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJRJ) que afastava do mandato por tempo indeterminado a deputada Lucinha (PSD). O Projeto de Resolução 610/24 teve 52 votos favoráveis e 12 contrários.

Os parlamentares também aprovaram a abertura de investigação contra Lucinha no Conselho de Ética do Parlamento Fluminense por quebra de decoro parlamentar. A resolução será publicada no Diário Oficial do Legislativo e a parlamentar poderá voltar a atuar na Casa até que esse processo seja finalizado.

Presidente da Alerj, deputado Rodrigo Bacellar, afirmou que a decisão respeita a harmonia e independência dos poderes, já que constitucionalmente o Parlamento é o responsável por decidir sobre prerrogativas e mandatos dos deputados.

“O Ministério Público, na envergadura de sua função, fez o que tinha que fazer: investigar e denunciar. E a nós, Poder Legislativo, coube decidir sobre a prerrogativa ou não dessa questão que nos foi passada pelo Judiciário”, disse Bacellar.

Em sua decisão, o próprio desembargador do TJRJ, Benedicto Abicair, já determinava que Alerj tinha que se manifestar quanto ao afastamento do cargo pela deputada Lucinha.

Na defesa de Lucinha, enviada à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alerj, a parlamentar pontuou que a medida cautelar era inócua, porque não existia nenhum elemento novo e a investigação é antiga.

Antes da decisão do plenário, a CCJ já havia se reunido duas vezes para debater esse tema. Foram os parlamentares da comissão que elaboraram o projeto de resolução votado em plenário. Presidente e relator do caso na CCJ, o deputado Rodrigo Amorim (PTB) afirmou que a decisão da Alerj tem o intuito de resguardar o mandato de todos os deputados. Ele disse que Lucinha será julgada pelos pares e poderá, inclusive, perder o mandato rapidamente se este for o entendimento do Conselho de Ética da Casa, sem ter que esperar o trânsito em julgado do seu processo na Justiça.

Durante a votação, parte dos deputados da bancada de esquerda elaborou uma emenda parlamentar com o intuito de estipular um prazo de 120 dias para o afastamento de Lucinha. Encabeçados pelo decano da Alerj, deputado Carlos Minc (PSB), esses deputados argumentaram que o prazo não cassaria o mandato e daria mais tempo para que todos os integrantes do Parlamento se inteirassem do assunto, não somente os membros da CCJ – únicos parlamentares que tiveram acesso ao processo que está sob segredo de justiça. No entanto, a emenda foi derrubada pois a maioria dos deputados entendeu que a votação na Alerj não poderia modificar uma decisão da Justiça, tendo que somente referendá-la ou derrubá-la.

 

Conselho de Ética

Com a decisão soberana dos deputados em plenário, a investigação contra Lucinha acontecerá automaticamente e de forma imediata pelo Conselho de Ética, sem a necessidade de manifestação da Corregedoria da Alerj, comandada atualmente pelo deputado Chico Machado (SDD). O Conselho de Ética terá 120 dias para concluir o julgamento.

Presidente do Conselho, deputado Júlio Rocha (Agir), explicou que o próximo passo do grupo será se reunir com a Procuradoria da Alerj para saber exatamente qual será o rito do processo. O parlamentar afirmou que o grupo atuará com isenção e legalidade, respeitando o direito de ampla defesa. “Este é um caso novo, em que o Conselho foi acionado pelo parlamento como um todo e não pela Corregedoria ou Mesa Diretora. Com isso, para respeitarmos toda a legalidade do processo, vamos confirmar todos os trâmites com a Procuradoria antes do início do julgamento”, disse.

O processo será regido pelas normativas do Código de Ética da Alerj. Qualquer decisão tomada por ele deverá ser submetida e ratificada em plenário. Atualmente, além de Júlio Rocha, o conselho é composto pela vice-presidente Martha Rocha (PDT) e pelos deputados Jorge Felippe Neto (Avante), Felipinho Ravis (SDD), Dani Monteiro (PSol), Renato Miranda (PL) e Cláudio Caiado (PSD). Os suplentes são os deputados Dionísio Lins (PP) e Andrezinho Ceciliano (PT).