Para que as pessoas que vivem em situação de rua no município tenham a garantia de seus direitos, a Prefeitura de Campos, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (SMDHS), gerencia abrigos voltados para o acolhimento dessa população, que é formada por cerca de 150 pessoas. Ao todo, o município conta com quatro abrigos, sendo eles: Manoel Cartucho, Casa de Passagem, Lar Cidadão e uma Organização da Sociedade Civil (OSC) cofinanciada pela SDMHS. Juntos, os acolhimentos oferecem 140 vagas, tendo disponíveis atualmente cerca de 40.
Os acolhimentos, que são indicados para homens, mulheres ou grupos familiares com ou sem crianças que se encontram em situação de rua, são abrigos provisórios. Neles, são oferecidos diversos serviços, como alimentação, dormitório, oficinas criativas, além de encaminhamento para emissão de documentos, inserção em programas sociais e vagas de emprego por meio do programa Acolhe Campos. Além disso, os abrigos realizam, em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde, o encaminhamento para tratamento de saúde. No caso das pessoas que necessitam de tratamento para dependência química, ela passa por acompanhamento multiprofissional no Centro de Atenção Psicossocial Dr. Ari Viana (Caps AD- Álcool e Drogas).
O Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (CentroPoP), que também é ligado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social, é a porta de entrada para os abrigos. Diariamente são feitas abordagens em diferentes pontos da cidade, como a Praça do Santíssimo Salvador, Rodoviária Roberto Silveira, Jardim do Liceu, entre outros. Sendo um órgão de referência, o Centro Pop, além de também oferecer serviços à população de rua da cidade, encaminha os casos à Central de Regulação da SMDHS. A equipe técnica da Central, que é composta por duas assistentes sociais e uma psicóloga, avalia a realidade da pessoa, analisa qual é o abrigo mais indicado para ela e disponibiliza a vaga para o acolhimento.
O secretário de Desenvolvimento Humano e Social, Rodrigo Carvalho, explica que, apesar da oferta de vagas dos abrigos, a permanência nos locais não é obrigatória.
“A gente não pode obrigar ninguém a ir, mas a gente tem o dever de oferecer o melhor serviço. Nos acolhimentos não falta nada. A alimentação, que é servida diariamente, é de qualidade. Além disso, são oferecidos a eles diversos serviços. Somos uma equipe que convidada para cuidar de pessoas. E pessoas, para a gente, são pessoas. Não importa de onde elas venham”, disse a diretora do Departamento de Proteção Social Especial (DPSE), Maria Amélia Lopes.
Além dos quatro abrigos municipais, Campos ainda conta com duas Residências Inclusivas. As unidades, que também são administradas pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social, acolhem exclusivamente pessoas de idades entre 18 e 59 anos, com necessidades especiais, autistas, autistas severos e aqueles com transtorno mental, que foram abandonados e não têm vínculo familiar. Os dois acolhimentos oferecem apoio operacional e profissional aos assistidos, como serviços de higiene e cuidadores, alimentação balanceada e suporte de terapeutas, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais e pedagogos.