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Élcio Queiroz diz em delação que arma usada para matar Marielle foi desviada do BOPE

Para o ex-policial, motivo da quebra do silêncio se dá pela falta confiança em Ronnie Lessa, acusado de ser o executor da vereadora e de Anderson Gomes
Foto: Divulgação

No dia em que uma operação da Polícia Federal trouxe novos desdobramentos do caso Marielle, uma revelação veio à tona. O ex-PM Élcio de Queiroz deu detalhes sobre a morte da vereadora e do motorista Anderson Gomes em uma delação premiada com a Polícia Federal e com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). No depoimento, Élcio diz que a arma que matou Marielle Franco foi extraviada de um incêndio Batalhão de Operações Especiais (BOPE). Segundo ele, Ronnie Lessa já tinha uma relação de carinho com a arma por ter trabalhado na Tropa de Elite da PM.

“Houve um incêndio no Batalhão de Operações Especiais, no paiol, e essa arma foi extraviada. Essa e outras armas foram extraviadas nesse incêndio aí e essa arma ficou com uma pessoa que eu não sei quem é. Essa pessoa conseguiu fazer a manutenção dela e vendeu pra ele”, afirmou Élcio.

Élcio também não soube explicar como eles tiveram acesso à munição restrita da Polícia Federal, mas afirmou que Ronnie deve ter amigos no órgão até hoje. No depoimento, ele diz que Ronnie alegou que se desfez da arma quando o crime começou a ter muita repercussão:

“No início, ele ficou com ela ainda, mas quando o negócio começou a tomar muito vulto mesmo, eu falei ‘o que você fez com essa arma?’ Ele falou ‘eu serrei ela todinha’ […] Ele falou que serrou ela todinha, pegou a embarcação lá na Barra da Tijuca, foi numa parte que tinha trinta metros e jogou ali”, contou ele.

Élcio, no entanto, diz não acreditar na versão de Ronnie, por ter conhecimento da relação de carinho que ele tinha com a arma. No presídio, Ronnie confessou ao Élcio que estava preocupado com algumas “coisinhas” que estavam na casa de Pedro Bazzanella, amigo em comum dos dois e também citado no inquérito do crime.

Ronnie Lessa foi apontado por Élcio Queiroz, em delação premiada, como sendo o autor dos disparos que mataram Marielle Franco e Anderson Gomes. Ex-policial militar, ele foi preso em março de 2019 pela participação nos assassinatos e acabou expulso da PM em fevereiro deste ano. Em 2021 foi condenado a quatro anos e meio de prisão pela ocultação das armas que teriam sido usadas na execução.

Polícia Federal deflagra a Operação Élpis

Foi preso nesta segunda-feira (24) o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, na Operação Élpis da A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Suel foi condenado em 2021 a quatro anos de prisão por atrapalhar as investigações, mas cumpria a pena em regime aberto. O ex-bombeiro tinha sido preso em junho de 2020 durante a Operação Submersos II, e já é réu neste por processo receptação, porque recebeu o carro usado no crime segundo o MP e a PF.

Suel foi preso em casa, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, e foi levado para a sede da PF, na Zona Portuária. Ele foi preso na mesma casa onde foi detido anteriormente. Um carro do ex-bombeiro foi apreendido.

Esta é a primeira operação desde que a PF assumiu a investigação dos homicídios, no início do ano, da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves.

Maxwell era o dono do carro usado para esconder as armas que estavam em um apartamento de Ronnie Lessa, acusado de ser um dos autores do assassinato e amigo de Suel. O ex-bombeiro também teria ajudado a jogar o armamento no mar, segundo o MPRJ.