A partir do carnaval de 2024, a Liesa mudará o modelo de comercialização de camarotes na Sapucaí, assumindo o controle sobre a venda de ingressos para áreas VIPs e proibindo patrocínio individual por cervejarias e instituições financeiras. Essa intervenção na autonomia dos espaços, que recebem até 3.500 pessoas por noite de desfile, preocupa os organizadores, que afirmam que isso coloca em risco a viabilidade dos eventos. Vários contratos de prestação de serviços e patrocínios para o próximo ano já estão em andamento ou fechados.
Atualmente, cada camarote tem liberdade para escolher seus serviços de bilhetagem e vender cotas de patrocínio independentemente dos patrocinadores oficiais da Passarela do Samba, que expõem suas marcas nas áreas comuns do Sambódromo. Dentro das áreas VIPs, os organizadores custeiam os camarotes com o apoio de diversas empresas, conforme o tamanho do espaço, o cardápio de atrações, o público-alvo e a estratégia de marketing. Isso inclui fechar acordos de exclusividade com marcas de cerveja, bancos, grifes de moda ou montadoras de automóveis, por exemplo.
Conforme as regras anunciadas, todos os camarotes da Sapucaí que vendem ingressos manterão o poder de definir o preço, porém, a partir de agora, deverão fazê-lo através da plataforma escolhida pela Liesa, a Ticketmaster. Além disso, serão obrigados a oferecer a mesma cerveja escolhida pela Liga e não poderão captar recursos de bancos para seus espaços, apenas da instituição que patrocina oficialmente a Avenida. Outros patrocinadores continuarão permitidos, mas a partir do próximo ano, todos os contratos deverão ser apresentados à Liga após serem fechados.