Barcelona e Athletico oficializaram o acordo pelo atacante Vitor Roque. A ida do jogador ao Barça está prevista para o início da temporada 2024/25, e o contrato com o clube catalão vai até 2031.
Os dois clubes fizeram postagens simultâneas nas redes sociais, às 8h desta quarta-feira, formalizando a negociação. Em vídeo, o Barcelona deu boas-vindas ao “Tigrinho” Vitor Roque. O apelido surgiu em homenagem ao pai Juvenal “Tigrão”, e vingou na Europa.
O Athletico conseguiu segurar o centroavante até junho de 2024 e ainda ficou com 20% dos direitos econômicos de Vitor Roque.
Os clubes não divulgaram os valores do negócio. A venda foi concretizada em 74 milhões de euros no total, entre fixo, bônus e impostos. Assim, o total pode chegar perto dos R$ 400 milhões, na cotação atual.
A transação de Vitor Roque foi conduzida pelo executivo do Athletico, Alexandre Mattos, pelo empresário do jogador, André Cury, e pelo diretor do Barcelona, Deco.
Fixo: 40 milhões de euros (213,4 milhões)
Bônus: 21 milhões de euros (R$ 112 milhões) – gols, partidas, títulos, finalista da Bola de Ouro e conquista a Bola de Ouro
Impostos e taxas: 13 milhões de euros (R$ 69,3 milhões)
Total: 74 milhões de euros (R$ 394,8 milhões)
O interesse do Barça em Vitor Roque veio à tona no fim do ano passado e ganhou força no começo deste ano. O atacante se destacou na disputa do Sul-Americano sub-20, no qual o Brasil saiu campeão, e ele foi o artilheiro com seis gols. O jogador foi convocado para a seleção principal em seguida.
A primeira proposta do Barcelona foi de 40 milhões de euros, com 30 milhões fixos e 10 milhões em bônus, em um total de R$ 213,4 milhões.
O Furacão pressionou o Barça a selar o acordo após o trio Manchester United, PSG e Tottenham entrar em contato nos últimos dias para viabilizar uma proposta. Os times ingleses, inclusive, estariam dispostos a viajar para Curitiba com ofertas melhores que a do time espanhol.
O Barcelona, então, acelerou o processo contratual de assinaturas para não perder a joia da seleção brasileira. O receio era de que o clube pudesse levar um “chapéu”, assim como aconteceu nesta semana com a joia turca Arda Güler, que preferiu o Real Madrid.
Vale lembrar que Barcelona busca negociar alguns jogadores para se adequar ao fair play financeiro da La Liga – a meta é cortar cerca de 200 milhões de euros para cumprir o teto de gastos. Até aqui, as saídas foram de Sergio Busquets e Jordi Alba.
O empresário do jogador, André Cury, defende que essa é a maior negociação do futebol brasileiro. Ele participou da ida de Neymar, também ao Barcelona, e o time espanhol alegou posteriormente à Justiça que pagou 57 milhões de euros pela transferência. No valor de 88 milhões de euros, alegados como o total da venda e investigado posteriormente, estaria computado luvas (pagamentos extra) e bônus.
Vitor Roque se tornou ainda a transferência mais cara da história do Furacão. Ele superou (de longe) os 20 milhões de euros (R$ 93 milhões, na época) do volante Bruno Guimarães para o Lyon, em 2019.
O interesse do Barça em Vitor Roque veio à tona no fim do ano passado e ganhou força no começo deste ano. O atacante se destacou na disputa do Sul-Americano sub-20, no qual o Brasil saiu campeão, e ele foi o artilheiro com seis gols. O jogador foi convocado para a seleção principal em seguida.
Em abril, o staff do jovem jogador conheceu as dependências do Barcelona. Contudo, eles também visitaram o West Ham, Liverpool, Chelsea, Tottenham, Manchester United, Aston Vila e Arsenal.
Entre 17 e 18 de junho, Mattos teve diversas reuniões com Deco na Espanha para alinhar o acerto, enquanto Vitor Roque já tinha dado o “ok” para o time espangol. O Barcelona, contudo, queria a apresentação imediata do jogador, enquanto o Athletico condicionou a venda à permanência, pelo menos, até o final do ano.
No começo desta semana, Athletico e Barcelona chegaram a um acordo verbal por 35 milhões de euros e mais 10 milhões de euros em variáveis. Um advogado representando o Furacão e o atacante foram para a Espanha acertar os últimos detalhes, que tiveram um acréscimo de valores depois do assédio de gigantes europeus.
Tratado como joia, o atacante se transferiu em maio de 2019 do América-MG para o Cruzeiro, em uma saída polêmica. O jovem atleta ganhou as primeiras chances no profissional em 2021, com Vanderlei Luxemburgo, e virou titular em 2022 – foram 11 partidas e seis gols marcados.
Em abril do ano passado, com a dica de Alexandre Mattos, o Athletico pagou a multa de R$ 24 milhões ao Cruzeiro, com quem tinha contrato até 23 maio de 2025. Na época, a diretoria rubro-negra já tinha a certeza que o atacante seria a maior negociação da história do clube e superou as concorrências de Inter e Bragantino.
A Raposa não gostou da saída prococe, já que tinha apenas 50% dos direitos encoômicos, que representou R$ 12 milhões na venda. O clube entrou na Câmara Nacional de Resoluções e Disputas (CNRD) para tentar receber R$ 56 milhões e depois na Justiça para ganhar mais R$ 3 milhões – ambas em vão até aqui.
Em campo, Vitor Roque mostrava o porquê do investimento atleticano. Mesmo alternando a titularidade com Pablo, ele foi determinante no vice da Libertadores e na campanha de sexto lugar do Brasileiro.
Com então 17 anos, o atacante chegou a concorrer ao prêmio de melhor jogador da Libertadores. Ao todo, Vitor Roque fez sete gols e deu três assistências pelo Furacão em 2022.
No início de 2023, o atleta foi campeão sul-americano sub-20 pelo Brasil e artilheiro do torneio, com seis gols. Ele não disputou o Mundial da categoria, porque o clube rubro-negro não o liberou.
Em compensação, o atacante acabou chamado pelo interino Ramon Menezes, que também era seu técnico na base canarinho, para a seleção brasileira. Vitor Roque entrou no segundo tempo da derrota por 2 a 1 para Marrocos e se tornou o mais jovem a estrear pelo Brasil desde Ronaldo em 1994.
Na atual temporada, Vitor Roque é o artilheiro do Athletico com 15 gols em 30 jogos, além de seis assistências. Ele é o vice-artilheiro do Brasileirão, com sete gols em 13 confrontos.
Se somar Furacão e seleção brasileira sub-20, o atacante soma 21 gols em 38 partidas no ano.