O primeiro semestre de 2023 termina nesta sexta-feira, e com ele expira mais um prazo dado pela CBF para se posicionar oficialmente a respeito do futuro treinador da Seleção. São cinco datas que passam sem definição. O que se sabe é que a entidade quer Carlo Ancelotti.
O dia 30 de junho chegou e publicamente o tema segue sendo uma incógnita. Em razão de compromissos com uma comitiva da Fifa que chegará ao Brasil para reuniões e de uma viagem a Brasília para a partida da seleção feminina, Ednaldo Rodrigues adiou a promessa de posicionamento a respeito do futuro treinador da Seleção, seja definitivo ou interino.
Ainda durante a Copa do Mundo do Catar, as especulações envolvendo o substituto de Tite passaram a tomar conta do noticiário após a eliminação para a Croácia, nos pênaltis, nas quartas de final. Na ocasião, a CBF se manifestou publicamente através de nota oficial que contava com declarações de seu presidente.
Em trecho da nota, a entidade afirma que “no dia 17 de novembro, a posição oficial da CBF já havia sido informada: o anúncio do novo treinador e da comissão técnica só será feito em janeiro de 2023”. Ednaldo centralizou a decisão:
No dia 17 de janeiro, chegou ao fim oficialmente a passagem de Tite pela seleção brasileira. Depois de seis anos e duas Copas do Mundo, o treinador foi até a sede da CBF, no Rio de Janeiro, assinar a rescisão de contrato, e Ednaldo Rodrigues antedeu a imprensa para falar do substituto.
Na ocasião, o presidente da CBF tratou a data Fifa de março como novo prazo e disse que não desejava colocar um técnico interino para iniciar o ciclo para 2026:
– Pode até ser que aconteça isso (interino no primeiro momento). Mas quero até março ter um nome definitivo. Não um provisório para ter que substituir. Será que define até 31 de janeiro? Pode ser que tenhamos. Estamos começando o trabalho a partir de agora. Mas pode ser que não tenha. E, se não tiver, não está atrasado.
A indefinição, no entanto, permaneceu, e Ramon Menezes, campeão sul-americano sub-20, foi pinçado para o primeiro compromisso do ano: derrota por 2 a 1 para o Marrocos, em Tânger.
Já com declarações públicas do apreço por Carlo Ancelotti, Ednaldo Rodrigues estipulou um prazo para ter uma posição mais firme do treinador: 25 de maio. A declaração foi dada no dia 25 de abril, também na sede da CBF, e o período de um mês se dava pelos compromissos do Real Madrid na reta decisiva da Copa do Rei, de La Liga e da Champions.
A informação foi publicada primeiro pelo jornalista Rodrigo Mattos, no UOL, e confirmada pelo próprio dirigente, que já indicava procura por um plano B após o limite imposto na época.
– Antes de partir para um plano B, quero esgotar todas as possibilidades do plano A. Temos um compromisso com a sociedade e temos que ouvir os clamores.
Cerca de dez dias depois, o presidente da CBF deu uma entrevista para o canal árabe Bein Sports esticando um pouco mais a corda na espera por Carlo Ancelotti até o dia 10 de junho, data da final da Champions League. A entrevista foi publicada em 5 de maio, mas o Real Madrid acabou não se classificando para a decisão ao ser eliminado pelo campeão Manchester City.
Com o término da temporada europeia, Ednaldo Rodrigues intensificou os contatos com Carlo Ancelotti durante passagem pela Europa para a data Fifa. Internamente, os encontros foram considerados positivos pela CBF, que trata a chegada do treinador para o ano que vem como iminente.