Nós precisávamos deixar Cano e Ganso, que são jogadores que não têm a mesma recuperação dos mais jovens, muito mais frescos para o jogo decisivo, talvez o mais importante da temporada até aqui, na terça-feira.
A frase acima é de Eduardo Barros, auxiliar técnico de Fernando Diniz, ao explicar a decisão de poupar dois destaques do Fluminense na entrevista coletiva após a vitória por 2 a 1 sobre o Bahia no último sábado. O jogo “mais importante da temporada” do qual ele se refere é o desta terça-feira, às 21h (de Brasília) no Maracanã, contra o Sporting Cristal, do Peru, valendo uma vaga nas oitavas de final da Libertadores.
Líder do Grupo D com nove pontos, o time tricolor teve duas chances de garantir antecipadamente sua classificação: jogou por um empate contra o The Strongest, da Bolívia, mas perdeu por 1 a 0 na temida altitude de La Paz; e também por uma igualdade diante do River Plate, da Argentina, só que foi derrotado por 2 a 0 no Monumental de Núñez.
O clube vem conseguindo manter os salários em dia na carteira de trabalho (CLT) com jogadores e funcionários, mas direitos de imagem, premiações de atletas e remuneração de pessoas jurídicas (PJs) vem sofrendo com atrasos. Os problemas financeiros do Fluminense vem de anos, e a situação, embora tenha melhorado, continua delicada.
O Fluminense anunciou na última segunda-feira que mais de 50 mil torcedores garantiram presença no jogo desta terça, entre check-ins de sócios e ingressos vendidos. E o fator “casa cheia” é outro trunfo que o clube aposta para espantar qualquer chance de zebra no Maracanã.
A gente sabe que vai ser um jogo difícil, o time deles é bom. Tivemos dificuldades lá, mas conseguimos a vitória. E eles conseguiram a vitória na altitude (contra o The Strongest na Bolívia), o que é difícil, e agora vêm confiantes. Mas nós estamos jogando em casa, com o apoio da nossa torcida. Jogar contra o Fluminense aqui dentro é difícil, vamos procurar a vitória e sair classificados – disse Keno, após a vitória sobre o Bahia.