Na última sexta-feira, Flamengo e Atlético-MG entraram em acordo pela contratação do volante Allan. Valores acertados e metas foram definidos, mas ainda há impasses que impedem a assinatura. O pagamento do mecanismo de solidariedade é a divergência no momento.
A negociação está acertada em 8 milhões de euros (R$ 42 milhões) por 100% dos direitos econômicos. Desse valor, o Atlético-MG tem 75%, ou seja, 6 milhões de euros (R$ 31 milhões).
O total da transferência será pago em três vezes. A fatia maior é quitada no ato da compra e corresponde a um valor entre 40% e 45% do total. O restante será equacionado em duas parcelas em 2024.
A bonificação por títulos, que fará com o que o total da transferência seja fechado em cerca de 9 milhões de euros, ainda é discutida. Os títulos que contemplam esses bônus são Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores. Allan, em contrato de quatro anos e meio, teria de conquistar duas destas taças.
A divergência de momento é sobre quem assume o percentual referente ao mecanismo de solidariedade da Fifa entre o vendedor (Atlético-MG) e o comprador (Flamengo). Há aplicações diferentes para clubes estrangeiros e os brasileiros.
O funcionamento dentro do mercado nacional abrange somente os clubes que Allan defendeu até os 19 anos. São eles Internacional, que fica com a maior fatia, Tanabi-SP e São Paulo.
O Fluminense, clube no qual chegou aos 22 anos, também não recebe.
Liverpool (Inglaterra) SJK (Finlândia), Sint-Truiden (Bélgica), Hertha Berlim (Alemanha), Apollon Limassol (Chipre) e Eintracht Frankfurt (Alemanha), clubes que Allan defendeu fora do país, recebem com base na lei de mecanismo de solidariedade da Fifa.