Em mais um ato de violência no futebol brasileiro, torcedores do Vasco penduraram um boneco nos arredores de São Januário simulando o enforcamento do CEO da SAF, Luiz Mello. O manequim estava vestido com a camisa do Flamengo e a placa “Luiz Mengo”.
Em fotos que circulam nas redes sociais, o boneco está vestido com a camisa do Flamengo, no rosto a foto do CEO e uma placa escrita “Luiz Mengo”. O CEO é alvo de uma investigação que quer comprovar se ele era associado ao Flamengo quando assinou o termo de posse do Vasco.
O boneco de Luiz Mello pendurado na passarela trouxe lembranças da atitude de uma torcida organizada do Atlético de Madrid, que, em janeiro, fez o mesmo com Vinicius Junior. Quatro meses depois do ato, a polícia espanhola prendeu quatro pessoas suspeitas.
No Brasileirão, o Vasco vive uma situação dramática sendo o penúltimo colocado e na zona de rebaixamento. Na última segunda-feira, Luiz Mello revelou que sofreu ameaças de morte nas últimas semanas.
– Meu único grande descontentamento neste processo todo é quando as críticas extrapolam o lado profissional. Tenho sido ameaçado de morte, minha família está exposta, meu telefone está circulando em redes sociais. Há, deste lado, uma pessoa que está fazendo o seu melhor, que está aplicando todo o seu esforço e conhecimento em prol do Vasco sete dias por semana – disse.
Cobranças em reunião :
A má relação entre dirigentes do Vasco associativo com o gestor da SAF pautou a reunião do Conselho de Administração, nesta quarta-feira. Membros da diretoria administrativa do clube cobraram uma posição de Luiz Mello sobre o termo de posse. Apesar da crise entre as lideranças, a 777 Partners, que tem o controle do futebol, trata o assunto como página virada.
Ao tomar posse como CEO da SAF, em agosto do ano passado, Luiz Mello, declarou que “não detém, direta ou indiretamente, vínculo associativo […] de clube ou entidade de prática desportiva, exceto pelo acionista fundador, o CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMA”. Dirigentes do clube entendem que ele mentiu. Mello, no entanto, entende não ter cometido nenhuma ilegalidade. Ele não era sócio estatutário do Flamengo, mas ele tinha um plano de sócio-torcedor ativo.