Ouça agora

Ao vivo

Homem morto em explosão na Praça dos Três Poderes é Francisco Wanderley Luiz
Brasil
Homem morto em explosão na Praça dos Três Poderes é Francisco Wanderley Luiz
Praça dos Três Poderes, em Brasília, é isolada após explosões
Brasil
Praça dos Três Poderes, em Brasília, é isolada após explosões
Flamengo e Atlético-MG se enfrentam em campo novamente pelo brasileirão
Destaque
Flamengo e Atlético-MG se enfrentam em campo novamente pelo brasileirão
Secretaria de Estado de Saúde alerta para o aumento da circulação do tipo W da meningite
Destaque
Secretaria de Estado de Saúde alerta para o aumento da circulação do tipo W da meningite
STF começa a julgar processo sobre letalidade em favelas do Rio
Brasil
STF começa a julgar processo sobre letalidade em favelas do Rio
MP cumpre mandados por compra de votos em Belford Roxo
Política
MP cumpre mandados por compra de votos em Belford Roxo
COR monitora a forte chuva que atinge a cidade do Rio
Destaque
COR monitora a forte chuva que atinge a cidade do Rio

‘Ainda estou aqui’, filme indicado ao Oscar, estreia hoje

O filme tem a maior chance de receber mais uma indicação ao Oscar de melhor filme internacional desde "Central do Brasil", em 1999
Foto: Divulgação

O filme “Ainda estou aqui” finalmente estreia nesta quinta-feira (07) nos cinemas brasileiros – e é difícil lembrar de um filme nacional que tenha gerado tanta expectativa nos últimos anos.

Mas não é difícil de entender. A adaptação do livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva é:

  • a maior chance do país receber mais uma indicação ao Oscar de melhor filme internacional desde “Central do Brasil”, em 1999;
  • o reencontro – mesmo que breve – da grande dupla desse clássico, o diretor Walter Salles e a atriz Fernanda Montenegro;
  • e um aviso sobre as atrações e os perigos de governos autoritários, segundo a protagonista, Fernanda Torres. Assista ao vídeo acima.

Para a atriz de 59 anos, gerações mais jovens não se lembram de como era a ditadura militar. De fato, se for considerado que o regime acabou em 1985, dos millennials em diante ninguém cresceu com a repressão.

“A democracia também não conseguiu resolver a desigualdade, o ensino público, a saúde, a segurança. Eu acho que teve toda uma geração que veio que uma hora começou a pensar: ‘será que o problema não é a democracia?'”, diz Torres.

“Eu tenho certeza que esse cara, que cresceu em um país democrático, com todos os seus problemas, eu digo para ele: ‘Eu juro para você que a democracia é falha, mas é o melhor que temos’.”

“E eu acho que esse filme ajuda a essas pessoas a entenderem o que é viver em um país arbitrário, em um país no qual o governo faz atos tão injustos quanto matar o seu pai, levar sua irmã de 15 anos para um prisão e torturar pessoas.”

Selton Mello, seu principal parceiro de cena, concorda. “É um filme necessário”, afirma o ator.

“Eu não preciso ir muito longe, não. Eu tenho 51 anos. Eu cresci em um ambiente familiar em que eu não tive essa percepção. O meu pai chamava de ‘revolução’. E aí, ator, adulto, é que eu fui entender o que era aquilo. Inclusive para dizer: ‘Pai, não foi uma revolução’.”