A Corte Arbitral do Esporte (CAS) acatou parcialmente o pedido da União para anular o processo de Gabigol. O tribunal suíço decidiu impugnar o painel que deu efeito suspensivo ao jogador e julgaria o mérito final. No entanto, ao contrário do que o ge publicara na terça, o CAS manteve em vigor a decisão que libera o atleta do Flamengo para atuar enquanto aguarda o julgamento. As partes já foram notificadas.
O tribunal suíço acatou o pedido da União de anulação do processo e comunicou a todas as partes na última terça-feira, de maneira extraoficial. O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, tomou ciência da decisão, assim como os departamentos de futebol e jurídico.
Nos últimos três dias, após pedido da defesa do atacante, o tribunal decidiu liberar o atleta para continuar em atividade. A alegação é a de que o jogador não poderia ter sua carreira prejudicada por uma questão técnica do julgamento. O CAS oficializou nesta sexta a anulação parcial do processo, mantendo o efeito suspensivo do atleta, mas alterando o painel de árbitros.
Punido no Brasil em março pelo Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD), Gabigol decidiu recorrer ao CAS. Na corte suíça, o painel julgador é composto por três árbitros: um indicado pela defesa do atleta, um pelo CAS e teoricamente um pela União.
No entanto, o governo brasileiro pediu a anulação do processo com o argumento de que não foi devidamente notificado e, por isso, não instituiu um árbitro para o julgamento. Assim, no momento do efeito suspensivo, em 30 de abril, e até esta sexta havia dois representantes do CAS e um do jogador. Com a anulação, os dois árbitros indicados pelo tribunal, Dolf Segaar e James Drake, renunciaram.