Nove municípios do estado do Rio vão receber um plano piloto para implementar uma estratégia de resiliência urbana e impedir tragédias climáticas. O plano é um dos eixos do projeto estadual Rio Inclusivo e Sustentável, que será realizado em parceria com a ONU Habitat, com investimento estadual de US$ 1,3 milhão.
Neste primeiro momento, as cidades selecionadas como piloto do projeto são aquelas que sofreram impactos significativos causados pelas chuvas nos últimos anos no estado do Rio. Estão contemplados os municípios de Paraty, Angra dos Reis e Mangaratiba, na Costa Verde, Nova Iguaçu, Duque de Caxias e Belford Roxo, na Baixada, e Petrópolis, Nova Friburgo e Teresópolis, na Região Serrana. O anúncio foi feito durante a segunda edição do Diálogos RJ, evento realizado pelo O GLOBO.
Larissa Ferreira da Costa, assessora especial de Cidades Resilientes da Secretaria Estadual do Ambiente e Sustentabilidade, destacou a importância de adaptar as ações às necessidades específicas de cada município para enfrentar eventos climáticos extremos. Ela participou do segundo painel do evento, que debateu a “Construção de cidades resilientes às mudanças climáticas”.
“As ações são na ponta. Muitas vezes os municípios não têm capacidade técnica e financeira para conduzir uma série de ações, e o papel do estado é fortalecer essa capacidade. Vamos trabalhar municípios da Região Costeira, da Baixada Fluminense e da Região Serrana, assim conseguimos entender a necessidade de cada uma dessas tipologias, para que em projetos futuros a gente possa replicar”, disse.
O projeto prevê a capacitação para fortalecer a resiliência urbana e climática nos territórios piloto, a avaliação de riscos com autoridades municipais e a comunidade, utilizando autoavaliação e mapeamento participativo, e a criação de um Marco de Ação de Resiliência, que compreende as estratégias de adaptação.
Outros 10 municípios do estado serão contemplados com o projeto Adapta Cidades, do Ministério do Meio Ambiente, com interlocução do Governo do Estado. Ainda em fase de planejamento, o foco é prestar uma consultoria para que as cidades criem uma metodologia de adaptação climática no curto, médio e longo prazos. Os municípios ainda não foram definidos.