O sistema Imunana-Laranjal segue paralisado na manhã desta sexta-feira (5/4), ainda em razão de alteração da qualidade da água bruta (ainda não tratada) no manancial de captação, após a detecção do produto químico poluente conhecido como tolueno. Um novo exame laboratorial vai determinar o retorno da operação do sistema.
De acordo com a Portaria de Potabilidade 888 do Ministério da Saúde, o nível permitido para este produto é de 30 microgramas por litro. Os exames estão sendo realizados no laboratório Libra, na Estação de Tratamento de Água (ETA) Guandu, em Nova Iguaçu, que conta com equipamentos japoneses ultramodernos e é capaz de realizar em 30 minutos análises físico-químicas e microbiológicas, podendo identificar cianotoxinas, carbono orgânico volátil, mib e geosmina; além de alguns pesticidas.
A Cedae retirou de operação o sistema Imunana-Laranjal às 5h59 de quarta-feira (3/4) e, ao identificar a presença do tolueno, imediatamente acionou o Instituto Estadual do Ambiente (Inea). A detecção aconteceu em trabalho de monitoramento que é feito constantemente, inclusive antes da entrada da água bruta na estação. A Cedae monitora de hora em hora a qualidade da água, mas ainda não há prazo para que o sistema volte a operar.
A Companhia e o Inea tranquilizam a população de que não há risco de a substância chegar às residências, porque a captação só será retomada quando a água estiver totalmente adequada para consumo humano. Diante da situação, a Cedae reforça a orientação para que a população faça uso consciente da água, adiando tarefas não essenciais que exijam grande consumo.
Uma operação de abastecimento foi realizada, na manhã desta sexta-feira (5), para levar água para abastecer unidades de saúde de São Gonçalo, e Itaboraí, Região Metropolitana do Rio, que são afetados pela falta d”água após a interrupção do abastecimento pelo sistema Imunana-Laranjal.
Um comboio com 10 caminhões-pipa passou pela Ponte Rio- NIterói em direção às cidades por volta das 6h30. A concessionária Águas do Rio precisou fazer contato com a Polícia Rodoviária Federal para viabilizar a operação, já que a BR-101 é uma rodovia federal.
O Sistema Imunana-Laranjal abastece cerca de dois milhões de pessoas em Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá (Inoã e Itaipuaçu) e a Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro. As concessionárias Águas de Niterói e Águas do Rio, responsáveis pela distribuição de água de acordo com os respectivos locais de atuação, foram comunicadas.