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Família é assassinada no bairro Baldeador em Niterói

O casal que estava no veículo morreu na hora e o filho de 7 meses morreu no hospital
Foto Rede Social

Seguem as investigações na Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá (DHNSG) sobre o assassinato de uma família inteira no bairro Baldeador, na noite de domingo (17/03), em Niterói. O gesseiro e motorista de aplicativo Filipe Rodrigues de 24 anos, a técnica em enfermagem Rayssa dos Santos Ferreira de 23 anos e o filho do casal, o pequeno Miguel Felipe dos Santos Rodrigues, de 7 meses, foram mortos a tiros dentro do carro da família.

Ainda não se sabe qual foi a motivação do crime, mas parentes afirmaram que Filipe foi, junto com a esposa e o filho, na noite do domingo (17/03), buscar uma quantia de R$ 5 mil para dar entrada na casa própria, que seria comprada no Pacheco. A família morava de aluguel, no terreno da família de Rayssa, no mesmo bairro e tinha sonho de ter a própria residência.

Quando passavam pela Estr. Bento Pestana, na altura do número 960, no Baldeador, um carro teria parado ao lado e homens fizeram vários disparos. O casal morreu na hora e moradores da região afirmaram que ouviram os tiros e logo viram a cena trágica. Segundo populares, Rayssa teria tentado proteger o filho com o próprio corpo.

Foto: TV Globo

 

POPULARES PRESTARAM SOCORRO PARA BEBÊ

Moradores da região perceberam que o bebê estava vivo e o levaram para o Hospital Municipal Getúlio Vargas Filho (Getulinho), no Fonseca. Mas a complexidade do caso fez a equipe transferir o bebê para o Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), no Colubandê, que chegou passar por uma cirurgia mas não resistiu.

O carro que a família usava, um Voyage branco, era alugado em uma agência de locação de veículos, pois, segundo familiares do casal, o carro deles estava com problema. Filipe trabalhava como gesseiro mas atualmente era motorista de aplicativo.

FAMÍLIA CONTA ÚLTIMOS MOMENTOS DAS VÍTIMAS

As mães, de Rayssa e de Filipe, estiveram na DHNSG e no IML, mas não conseguiram falar com a impressa. Mas o padrasto de Rayssa, o pedreiro Elvis Soares, de 43 anos, contou um pouco sobre seu relacionamento com a enteada. “Estou casado com a mãe dela há sete anos e eu sempre tive o sonho de ter uma filha menina, e nunca tive. Falavam que sou padrasto, mas dizia que não. Sou pai e avô. Agora, tiraram um pedacinho de mim”, contou emocionado.

Mãe de Filipe (de blusa rosa) saindo do IML. Foto Raquel Morais

Ele ainda frisou que Rayssa não podia ter filho e esse neném foi um milagre de Deus. “Não sei o que pensar sobre isso tudo. Passamos o domingo em família. Rayssa e Miguel passaram o domingo com a gente. Ficamos juntos até 18h. Depois ela voltou umas 22h para pegar um galão de água com a gente e depois não tivemos mais notícias. Só de madrugada ficamos sabendo de um acidente”, lembrou Elvis.

Elvis Soares, padrasto da Rayssa.Foto Raquel Morais

FAMÍLIA NÃO ACREDITA NO QUE ACONTECEU

Rayssa e Filipe moravam juntos há quase três anos e pretendiam ter a casa própria para sair do quintal da família em que moravam e pagavam aluguel.

Tio da Rayssa, Leonardo Murtha. Foto Raquel Morais

“Passamos um domingo com a família, em um domingo normal. Isso pegou de surpresa a gente. Não tenho o que falar”, contou o tio da Rayssa, Leonardo Murtha, que acompanhou a irmã na manhã dessa segunda-feira (18/03) no IML e na delegacia.