Nesta terça-feira (20) a Organização Mundial da Saúde informou que terminou uma segunda missão de retirada do Hospital Nasser, de Gaza, transferindo um total de 32 pacientes em estado grave, incluindo crianças, do local em meio aos combates.
A agência da ONU informou que o Hospital Nasser, em Khan Younis, o segundo maior de Gaza, parou de funcionar na semana passada após um cerco de uma semana, seguido de um ataque.
A equipe da OMS relatou que a destruição ao redor do hospital era “indescritível” e expressou preocupação com cerca de 130 pacientes doentes e feridos e 15 médicos que permanecem no local.
“A OMS teme pela segurança e pelo bem-estar dos pacientes e dos profissionais de saúde que permanecem no hospital e adverte que mais interrupções no atendimento aos doentes e feridos levarão a mais mortes”, disse a OMS no site de mídia social X.
As autoridades de saúde palestinas afirmaram que a situação atingiu um “nível catastrófico” e que as forças israelenses haviam efetivamente convertido o local em um “quartel militar”. As vidas das pessoas que permanecem no local estão diretamente ameaçadas, segundo elas.
Os esforços para transferir os pacientes restantes continuam, afirmou. O local não tem eletricidade ou água corrente e os resíduos médicos e o lixo estão “criando um terreno fértil para doenças”, acrescentou.
Troca de acusações
Israel diz que o Hamas, grupo islâmico que governa Gaza desde 2007, usa os hospitais para se proteger. O Hamas nega isso e afirma que as alegações de Israel servem como pretexto para destruir o sistema de saúde.