A polícia japonesa divulgou nesta sexta-feira (02) que o japonês Satoshi Kirishima, de 70 anos, revelou em seu leito de morte que era um dos foragidos mais procurados do país por integrar um grupo radical que realizou ataques terroristas nos anos de 1970.
As autoridades policiais de Tóquio, no Japão, foram até um hospital na semana passada para interrogá-lo. O idoso informou que estava com câncer terminal e desejava morrer usando seu nome verdadeiro, por isso, resolveu contar os crimes a polícia.
Ainda de acordo com a polícia, Satoshi também revelou detalhes desconhecidos até então sobre os ataques terroristas.
Satoshi era um dos membros mais importantes do grupo racial chamado Frente Armada Anti-Japão da Ásia Oriental, e o único que ainda não havia sido capturado pelas autoridades. Ainda na sexta (02), investigadores da polícia realizaram buscas em uma empresa de construção onde Kirishima teria trabalhado durante cerca de 40 anos sob o pseudônimo de Hiroshi Uchida. Acredita-se que Kirishima teria participado de diversos ataques do grupo.
O idoso permaneceu foragido da Justiça por quase 50 anos e nunca teve celular ou seguro de vida. De acordo com a emissora pública NHK, ele trabalhou por quase 40 anos em uma empresa de construção sob o pseudônimo de Hiroshi Uchida e recebia o seu salário em dinheiro vivo para evitar que fosse detectado.
Na segunda-feira (29), Satoshi morreu. Segundo o jornal “Kyoto News”, a sua identidade foi confirmada por meio de um exame de DNA e em seus familiares, que eram compatíveis.