Já eram mais de 22h desta quinta-feira (14/12) quando a Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná apresentou parecer favorável pela cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e de seus suplentes pela prática de abuso de poder econômico acolhendo parcialmente a ação proposta pelo Partido Liberal (PL) e pela Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV), sobre as eleições de 2022.
Assinam o parecer os procuradores regionais Eleitorais Marcelo Godoy e Eloisa Helena Machado, que afirmaram que a “lisura e a legitimidade do pleito foram inegavelmente comprometidas pelo emprego excessivo de recursos financeiros no período que antecedeu o de campanha eleitoral”.
Os membros do Ministério Público Eleitoral alegam que os gastos realizados por Moro em pré-campanha presidencial, colocam em dúvida a isonomia entre os candidatos ao Senado. O documento revela um valor gasto de R$ 2.030.228,09 pelo Podemos e o União Brasil, representando 39,78% do total de despesas contratadas pela própria campanha eleitoral e 110,77% da média de gastos em campanha eleitoral dos candidatos ao Legislativo.
Em nota, a defesa de Moro disse que acredita na improcedência da ação. O advogado Gustavo Guedes afirma, entretanto, que respeita, mas discorda do parecer do MP Eleitoral. Em sua visão, as despesas seriam justificáveis.
Guedes defende que há uma falha no processo “na medida em que considerou gastos fora do Paraná e aqueles indiferentes eleitorais (segurança, para não ser assassinado pelo PCC) como despesas pré-eleitorais”.